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O Mercedes Classe A tem uma história curiosa. Nasceu como minivan para senhoras elegantes e se transformou em um hatch jovem e esportivo com variações cupê quatro portas (CLA), perua sui generis (CLA Shooting Brake) e crossover (GLA). Isso sem falar no Classe B, com a mesma base. E a história ficará ainda mais curiosa em 2018, quando estreia sua nova geração. Às variantes atuais serão adicionadas um cupê, um roadster e até um sedan mais tradicional (para o mercado chinês). E expandindo o horizonte da Classe B (que permanece fiel ao papel de minivan), nascerá um outro crossover, entre o GLA e GLC, batizado de GLB.

Parte dos projetos ainda precisa ser aprovada pelo conselho administrativo, mas seguem tendência quase inevitáveis do mercado. Todos os modelos usarão a evolução da plataforma MFA, com colaboração da Renault-Nissan. Chamada MFA2, ela usará mais alumínio para reduzir peso e aumentar rigidez, e crescerá em tamanho (para melhorar espaço e bagageiro). Em relação aos motores a gasolina, um novo 2.0 turbo, previsto para 2017, substituirá os existentes de mesma cilindrada – e um 3 cilindros turbo também é considerado. Enquanto isso, o A 45 AMG será mais potente, com 400 cv ou mais (hoje são 381).

Pela primeira vez, o Classe A terá também uma versão híbrida, com inovações que permitirão rodar 100 km no modo elétrico. Já para correr o atraso com a concorrência, espera-se um maior número de versões com tração integral 4Matic. E para resolver um problema desse jovem alemão, o câmbio de dupla embreagem atual será trocado por um novo, de nove marchas, capaz de suportar 51 kgfm. Tudo será embrulhado por uma carroceria que, sem romper com o estilo atual, proporá elementos novos.

As mudanças estarão na grade (maior), nos faróis de LED (mais marcados) e na coluna C (mais forte). As portas traseiras maiores facilitarão o acesso dos passageiros, que viajarão mais confortavelmente graças ao teto menos inclinado. E as colunas dianteiras mais finas melhorarão a visibilidade (outra falha do modelo atual). No interior, melhorará em conectividade e ganhará os mais modernos dispositivos de segurança. Sistema de infotainment e head-up display serão emprestados do Classe C, e o chamado “cockpit virtual” (painel configurável) virá de série nas versões mais caras.