Depois de se ausentar do mercado brasileiro por dez anos, a Suzuki volta a vender carros no Brasil. O modelo que inaugura essa nova fase da marca não poderia ser outro, se não o Grand Vitara. Com sua primeira versão lançada em 1988, o SUV foi um dos produtos de melhor aceitação no Brasil até 1998, quando a marca encerrou suas vendas no País. Mas o Grand Vitara, que estará disponível nas primeiras dez concessionárias Suzuki, pouco tem a ver com as gerações anteriores. Delas, só ficou o DNA off-road. O novo SUV médio é um dos poucos de sua categoria com tração integral, com opção de bloqueio do diferencial e reduzida. Porém, isso não quer dizer que, como carro urbano, o modelo não se saia bem. Pelo contrário, o veículo oferece um bom equilíbrio entre conforto e valentia. A única característica que influencia um pouco na condução na cidade é a suspensão mais firme. Nada que comprometa muito a comodidade.

Mecanicamente o veículo japonês também não deixa a desejar. Possui chassi monobloco, suspensão independente nas quatro rodas e um inovador motor feito todo em alumínio, 2.0 16V de 140 cv, que pode trabalhar em conjunto com a transmissão automática (R$ 94.700) ou com a manual (R$ 89.700). As duas versões têm o mesmo conteúdo de equipamentos. A lista é bem completa. Conta com airbag duplo, computador de bordo, freios com ABS e EBD, ar-condicionado digital e outros mimos de conforto. O único opcional disponível é o interior em couro.

No interior, há muitos itens de conforto e porta-objetos. O acesso aos intrumentos é fácil e racional. Já o painel tem linhas atraentes e bom acabamento, mas o visual é um tanto conservador. No design, optou-se por mais discrição, sem tirar a força das linhas básicas do Grand Vitara

A estimativa de vendas da marca é tímida, prevendo abastecer cada uma de suas dez concessionárias com, no máximo, 20 carros por mês. Para 2009, o objetivo é que todas as capitais brasileiras tenham uma revendedora Suzuki. Há até a intenção de construir uma fábrica aqui. “Tudo vai depender da aceitação do mercado”, confirma o presidente da SVB (Suzuki Veículos Brasil), Alexandre Câmara.

O modelo vai brigar em um segmento concorrido, em que um Kia Sportage V6 4×4, por exemplo, custa R$ 95 mil. Tarefa difícil.