Não se sinta mal se não souber dizer o que mudou neste Omega 2011. Comparando – o com o modelo lançado em agosto de 2007, só um olhar atento é capaz de notar as diferenças. A mais notável está na lateral, onde o obrenome Fittipaldi se destaca abaixo dos repetidores dos pisca-piscas – é o que identi ca que se trata de uma série especial e limitada.

A alavanca de câmbio, acima, vai para a direita, longe do motorista, no modo sequencial. Abaixo, o botão que desativa o controle de estabilidade e a tela multimídia – agora com câmera de ré

Para que o sedã casse à altura do grande campeão Emerson Fittipaldi, que nos levou para uma (rápida) volta na pista da GM, foi preciso lhe dar mais esportividade. Externamente, as modi cações foram discretas: grade e para-choques redesenhados, faróis com máscara negra, novas rodas, barra cromada no porta-malas e um pequeno aerofólio (que reduziu o coe ciente aerodinâmico de 0,35 para 0,33).

O interior agora é bicolor – o couro bege, segundo a marca, dá maior sensação de espaço. Outras pequenas mudanças estão na iluminação dos instrumentos (agora branca) e no novo sistema multimídia, com tela colorida sensível ao toque, entrada USB, bluetooth (para celular áudio) e HD capaz de armazenar até 15 CDs.

Mas a maior e mais interessante mudança está na mecânica: o motor V6 Alloytec ganhou injeção direta e novos cilindros com um formato que permite melhor queima e maior taxa de compressão (11,3:1). Resultado: a potência subiu de 254 cv para 292 cv, e o torque para 36,7 kgfm.

No interior, ótimo acabamento, com muito couro, e os faróis são automáticos, mas falta sensor de chuva e retrovisor antiofuscante – e apenas o banco do motorista tem ajustes elétricos

Além disso, o câmbio automático sequencial, antes de cinco marchas, agora tem seis velocidades e aproveita melhor o motor mais potente (mas só permite trocas manuais na alavanca – não há borboletas no volante – e do “lado errado”: feito originalmente com volante do lado direito, para o mercado australiano, a alavanca, no modo sequencial, vai para longe do motorista, quando deveria ocorrer o contrário). Na mecânica, portanto, sobra potência – o que é ideal para a maioria de seus consumidores, que, segundo a marca, blindará o carro (por isso ele perdeu o teto-solar, um transtorno na hora da blindagem). Assim, mesmo blindado, seu desempenho continuará vigoroso.

Preço? Enquanto o antigo modelo custava, em 2007, R$ 145 mil, esta série especial custa R$ 128.600. A princípio, poderia ser resultado da queda do dólar. Mas o fato é que este Omega também perdeu um pouco de conteúdo em relação ao modelo anterior: o novo som aposentou o DVD de teto – do qual desfrutava o ocupante do banco traseiro (supostamente o executivo que anda com motorista). Aliás, o que é mais grave, este suposto executivo está menos seguro: airbags, só para o motorista (dianteiros e laterais dianteiros). Não há cortinas e nem mesmo bolsas laterais para quem vai atrás. Uma estranha decisão…