O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta segunda-feira, 22, o Plano Mais Produção, que promete injetar R$ 300 bilhões entre financiamento e subsídios para as indústrias até 2033. 

No evento, Lula afirmou que os R$ 300 bilhões são um “alento” para a indústria “dar um salto de qualidade”.

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“É muito importante para o Brasil que a gente volte a ter uma política industrial inovadora, totalmente digitalizada, como o mundo exige hoje, e que a gente possa superar de uma vez por todas esse problema de o Brasil nunca ser um país definitivamente grande e desenvolvido”, afirmou o presidente.

A nova política tem seis missões relacionadas à ampliação da autonomia, à transição ecológica e à modernização do parque industrial brasileiro. Entre os setores que receberão atenção, estão a agroindústria, a saúde, a infraestrutura urbana, a tecnologia da informação, a bioeconomia e a defesa.

“A nova política posiciona a inovação e a sustentabilidade no centro do desenvolvimento econômico, estimulando a pesquisa e a tecnologia nos mais diversos segmentos, com responsabilidade social e ambiental”, afirma Alckmin.

“Esta política representa uma visão de futuro. Uma declaração de confiança em nossa capacidade de competir e liderar áreas estratégicas diante do mundo”, complementou. 

(Crédito: Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

Como será o financiamento?

A maior parte dos recursos (R$ 300 bilhões) virá de financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial).

Os financiamentos do BNDES relacionados à inovação e digitalização serão corrigidos pela Taxa Referencial (TR), que é mais baixa que a Taxa de Longo Prazo (TLP).

Anfavea vê a medida como positiva

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) enxerga de forma positiva a medida e afirma que o programa vai precisar ter continuidade.

“Este primeiro e tão esperado passo para o estabelecimento de uma Política de Estado que fomente o desenvolvimento da indústria nacional através de programas de extensão de crédito caminha na direção certa, gerando a expectativa positiva de que a economia continue a crescer e o ambiente de negócios melhorar. Mas nesse momento de rápidas mudanças tecnológicas e de intensa competição entre os países industrializados, para o Brasil ocupar lugar de destaque neste complexo cenário global, esse programa certamente necessitará de continuidade, além do triênio 2024 – 2026”, afirma a associação em nota divulgada à imprensa.