Completando uma das diversas reportagens da edição especial de SUVs da MOTOR SHOW, que mostrava de modo resumido e claro as qualidades e defeitos dos SUVs mais vendidos (leia aqui), agora falamos aqui de quatro novos SUVs que acabam de chegar ao mercado. Mostramos versões, pontos positivos e negativos deles para te ajudar na sua compra (atenção: os valores mostrados aqui são do fechamento da revista, quando ela foi às bancas, em julho).

Honda HR-V: novo design e muitas qualidades, mas faltou o powertrain híbrido

PreviousNext

POR QUE COMPRAR

O primeiro dos quatro novos SUVs é o “New” HR-V. Ele chegou com novo design, e o fator novidade é um ponto forte. A versão 1.5 aspirada, com injeção direta, é muito econômica, como já provaram City sedã e hatch com a mesma mecânica (leia aqui a avaliação completa).

O câmbio CVT também é novo, com recurso de freio motor em descidas e freadas. Para quem quer desempenho, os HR-V 1.5 turbo serão flex e chegam este mês — e devem ser muito bons de guiar. Ar-condicionado automático digital e Honda Sensing (sistemas de auxílio ao motorista) estarão em todas as versões (por enquanto, depois pode ganhar opções mais baratas). Leia a avaliação completa aqui.

novos SUVs

POR QUE NÃO COMPRAR

O porta-malas foi reduzido em mais de 80 litros, ficando com apenas 354, que é pouco para uma viagem em família. O desempenho das versões de entrada com motor aspirado deixa a desejar. Não há opções com rodas maiores do que 17 polegadas. Não há teto panorâmico, nem solar, em nenhuma das versões. Os preços devem ficar acima da média, sem uma justificativa clara para isso. A Honda diz que ele não terá aqui versões híbridas, embora o rival Toyota Corolla Cross tenha.

SUV

Honda HR-V EXL Sensing

Motor: 1.5 flex, quatro cilindros
Potência: 126 cv a 6.200 rpm
Torque: 152/155 Nm (g/e) a 5.600 rpm
Câmbio: automático CVT, sete marchas virtuais
Dimensões: 4,330 m (c), 1,590 m (l), 1,790 m (a)
Porta-malas: 354 litros
Pneus: 215/60 R17
Consumo cidade: 12,7 km/l (g) e 8,8 km/l (e)
Consumo estrada: 13,9 km/l (g) e 9,8 km/l (e)

+Carro Usado: Hyundai Tucson é um SUV espaçoso e de manutenção fácil
+Segredo: tudo sobre o Purosangue, SUV da Ferrari que estreia no dia 13
+Avaliação: Mitsubishi Pajero Sport é SUV com sabor original
+Avaliação: Ford Bronco Sport é SUV de verdade e vale o que custa

Audi Q3: Tração quattro, dinâmica de hatch e dirigibilidade muito precisa

PreviousNext

POR QUE COMPRAR

O segundo dos quatro novos SUVs é o Audi Q3. Com carroceria SUV e SUV-cupê (Sportback, na foto ao lado) volta a ser montado no Brasil sem o velho motor 1.4 de 150 cv: agora seu conjunto mecânico é formado pelo excelente e consagrado 2.0 turbo com 231 cv e 340 Nm aliado a um câmbio automático de oito velocidades. A tração integral quattro garante uma ajuda extra em vias de terra e pistas molhadas, além de uma dinâmica de hatch.

O prazer de dirigir sempre foi um ponto alto do Q3, que lembra mais um hatch do que um SUV. Confira aqui a avaliação. A lista de itens de série é caprichada, e o status de ter um Audi é importante para alguns consumidores.

novos SUVs

POR QUE NÃO COMPRAR

Falta robustez ao conjunto de suspensões para o uso em estradas de terra. O espaço interno não se destaca muito do de SUVs compactos de marcas generalistas – e o túnel elevado atrapalha o quinto ocupante. O estilo não empolga, embora seja até bem resolvido.

O consumo desse conjunto mecânico, caso interesse, é bastante alto. O custo de manutenção costuma ser elevado. O design do quadro de instrumentos digital merece uma atualização – e ali não se exibe informações do Android Auto ou Apple CarPlay. Não há versão híbrida.

Kia Sportage: com design afiado e mais refinado,fica devendo a versão híbrida completanovos SUVs

POR QUE COMPRAR

A Kia anda agradando os consumidores com o design de seus carros, e não é diferente no caso dessa nova geração do Sportage, o terceiro dos quatro novos SUVs. Embora não tenha assoalho 100% plano na área traseira, oferece muito conforto para as pernas, na altura não há problemas e, no porta-malas, a capacidade é de 562 litros.

Um monitor curvo enorme – na verdade, dois de 12,3”, lado a lado, incorpora quadro de instrumentos digital e sistema de informação/multimídia de fácil uso e leitura. A suspensão tem ajuste suave: o Sportage flutua bem no asfalto, mas mesmo em pisos ruins, o amortecimento é adequado. O consumo não foi divulgado, mas deve ser muito bom.

SUV

POR QUE NÃO COMPRAR

A rede de concessionárias da marca tem cobertura limitada. O preço equivale ao de Compass a diesel, com quase a mesma potência e tração 4×4, e chega perto do Ford Bronco, com 4×4 e 253 cv. O motor não é flex.

A Kia devia ter trazido versões híbridas plug-in (leia mais aqui), que entregam um conjunto mais competitivo, com 230 cv e 350 Nm, e ainda mais  economia de combustível, além de terem opção com tração integral. Os controles dos comandos são menos intuitivos do que se poderia esperar.

Kia Sportage

Motor: 1.6 turbo, híbrido leve de 48V
Potência: 180 cv a 5.500 rpm
Torque: 265 Nm de 1.500 a 4.500 rpm
Câmbio: automatizado, dupla embreagem, sete marchas
Dimensões: 4,515 m (c), 1,865 m (l), 1,650 m (a)
Porta-malas: 562 litros
Pneus: 235/55 R18 ou 235/50 R19, dependendo da versão
Consumo cidade: ainda não divulgado
Consumo estrada: ainda não divulgado

Caoa Chery Tiggo 8 Pro: muita potência e opção de rodar só com eletricidade

POR QUE COMPRAR

O último dos quatro novos SUVs chegou em agosto. A economia de combustível se destaca em modelos plugáveis, que podem rodar muitos quilômetros sem usar o motor a combustão, utilizando apenas as duas unidades elétricas. No caso do Tiggo 8 Pro, a marca declara 77 quilômetros de autonomia, bem mais que os 44 do Jeep Compass 4xe. Os assentos extras no porta-malas podem salvar em algumas situações.

A potência total do conjunto, com motor a gasolina e mais dois elétricos, segundo a marca, é de excelentes 317 cavalos. O design evoluiu em relação ao Tiggo 8 só a combustão.

SUV

POR QUE NÃO COMPRAR
Importado da China, não dá para garantir que tenha boa disponibilidade de peças de reparação. A mecânica híbrida parece bastante complexa, pois usa uma transmissão de 11 marchas, além de dois motores elétricos… e ainda não tem durabilidade ou facilidade de reparação consagrados.

O acerto fino da dirigibilidade dos veículos chineses costuma deixar a desejar – no caso do Tiggo 8 “tradicional”, a suspensão é macia demais e a direção, muito leve. Os comandos a bordo não são intuitivos.

Caoa Chery Tiggo 8 Pro

Motores: 1.5 turbo + dois elétricos dianteiros
Potência: 147 cv + 95 cv + 75 cv = 317 cv
Torque: 220 Nm a 5.500 rpm + 165 Nm + 170 Nm = 560 Nm
Câmbio: automático CVT, 11 marchas Dimensões: 4,722 m (c), 1,860 m (l), 1,747 m (a)
Porta-malas: 650 litros
Pneus: 235/55 R18
Consumo cidade: 18 km/l
Consumo estrada (Inmetro): 17 km/l

MAIS NA MOTOR SHOW:

+ Carros da Jeep e Fiat têm ‘surpresas escondidas’; conheça os easter eggs da Stellantis
+ Teste rápido: Volkswagen Polo 2023 seduz com propulsor 170TSI e câmbio manual
+ Carro Usado: Hyundai Tucson é um SUV espaçoso e de manutenção fácil
+ Ram Classic chega ao Brasil em duas versões e parte de R$ 349.990
+ Avaliação: Fiat Toro Volcano T270 reúne atributos de SUV ao volante
+ Carro por assinatura vale a pena? Confira um guia completo com preços, vantagens e desvantagens
+ Gasolina fica mais barata e preço médio chega a R$ 4,81, diz ANP
+ Licenciamento em SP: pagamento para placas 7 e 8 vence em outubro
+ Confira a galeria de fotos do novo Fiat Fastback
+ Avaliação: Chevrolet Spin 2023 é a opção de sete lugares mais barata, e uma boa alternativa aos SUVs
+ Preços dos carros usados devem cair; confira os mais valorizados
+ Comparativo de Carros Elétricos: Peugeot e-208 GT vs. Mini Cooper SE vs. Fiat 500e vs. Renault Zoe
+ Comparativo: Jeep Commander vs. Caoa Chery Tiggo 8
+ Qual é a melhor versão do Jeep Compass 2022?
+ SUVs mais vendidos: motivos pra comprar (e pra não comprar)