Nada nestas páginas é ficção científica, mas parece. Carros sem motorista, máquinas com telas que reproduzem todo tipo de conteúdo digital; carros em simbiose total com o motorista; veículos que transmitem informações e sensações, automóveis inteligentes o suficiente para antecipar reações e intenções do motorista; modelos feitos de materiais com potencial inimaginável, espaçosos por dentro, compactos por fora… Prever o futuro é difícil e arriscado. Mas pode apostar em uma coisa: o carro ainda estará aqui, e continuará a proporcionar fortes emoções. E todas elas começam pelo design.

 

DESENHANDO A EMOÇÃO

Exterior de materiais plásticos com transparência variável, cheio de sensores, como se fosse uma segunda pele. Interior versátil, com telas 3D que mostram imagens da estrada. Esse é o começo da revolução no design para os próximos 20 anos. “Os carros vão transmitir uma experiência fantástica, que não vai nos fazer sentir falta do presente”, diz Mike Robinson, chefe de estilo do prestigiado estúdio Bertone. Pedimos que ele e outros designers ilustres (Walter de Silva, Roberto Giolito e Giorgetto Giugiaro) imaginassem o futuro do design automotivo. A revolução está mais perto do que pensamos. “O carro sem volante será realidade em 2030”, diz Robinson. A pergunta é óbvia: mas isso tudo não vai acabar com a emoção e o prazer de dirigir?

O risco existe, e o grande desa o para os designers é manter a emoção em um carro racional, que precisa de mais segurança e e ciência, além de ser adequado ao meio ambiente e às cidades. Mas eles não parecem intimidados. Nestas páginas você confere algumas ideias desses brilhantes criadores de carros – as principais tendências para o futuro.