A sorte não é uma das características mais marcantes da carreira de Kimi Räikkönen. Talvez isso explique por que ele tenha obtido apenas uma única vitória na F1. Se fosse para fazer jus ao talento, à agressividade e à correção que sempre demonstrou nas pistas, ele mereceria já ter ido mais longe. Nascido em Espoo, na Finlândia, iniciou sua carreira no kart aos 9 anos de idade, no mesmo ano em que assistiu pela primeira vez a um GP de Fórmula 1. Filho de pais humildes, The Iceman, como ficou conhecido por quase nunca demonstrar emoção, teve sua primeira vitória apenas aos 19 anos, no Campeonato Nórdico de Kart. Depois disso sua carreira deslanchou depressa. Conquistou um segundo lugar no Campeonato Europeu Super A e venceu a Fórmula Renault Inglesa.

Chegou tão rápido à F1 que muitos criticaram o fato de ele ter conseguido a superlicença, por sua parca experiência nas categorias de base. Mas Peter Sauber bancou a aposta e, aos 22 anos, Kimi já estava alinhado no grid para disputar seu primeiro GP. Ele honrou o voto de confiança e naquele ano de 2001 somou nove pontos no campeonato. Na temporada seguinte, abandonou a Sauber e foi para a McLaren, onde ficou cinco anos, no lugar de seu compatriota Mika Hakkinen.

Contratado pela Ferrari Marlboro em 2007, Kimi conquistou seu primeiro título e, no ano seguinte, foi considerado o piloto mais rápido da temporada, ajudando a equipe a vancer mais um título de construtores.

Em 2009, foi listado pela Forbes como o segundo atleta mais bem pago do mundo, atrás apenas de Tiger Woods. Mesmo assim, se despediu da F1 e passou a integrar a equipe da Citroën no Mundial de Rali. Em 2012, voltou à F1 pela Lotus Renault.