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Na Estados Unidos, talvez pelo nome que remete à pátria das estrelas e listras, talvez pelo design quadradão, mais próximo do DNA da Jeep, o Patriot é mais vendido que seu irmão Compass, de design mais “fluido”, uma espécie de mini-Cherokee. Já no Brasil, a marca só oferece o segundo, e sem muito sucesso. De qualquer forma, verdade seja dita, essa dupla não está entre os melhores – e nem mais icônicos – modelos fora de estrada da Jeep.

Nascidos na época da parceria com a japonesa Mitsubishi, pré-FCA, eles têm plataforma de carro, derivada da do Lancer, e habilidade off-road bem modesta. Parece que, inicialmente, Patriot e Compass eram propostas diferentes de estilo para o mesmo projeto – e a opção de dividi-lo em modelos com mecânica idêntica e carrocerias distintas nasceu durante clínicas com clientes, que colocavam os dois frente a frente.

Enquanto o Patriot agradava aos fãs tradicionais da Jeep, o Compass tinha mais apelo para clientes de outras marcas. Daí a opção de apostar nos dois, escolhendo um deles – ou ambos – conforme o mercado. Enfim, a sobrevivência de ambos aconteceu por acaso. Mas os resultados de vendas não justificam a manutenção dessa estratégia – além de terem sido percebidos por parte do público como “corpos estranhos” na linha Jeep.

Mesmo com dimensões próximas aos modelos que substitui (o Patriot e o Compass acima), o novo Jeep tem plataforma mais moderna, e bem mais espaço para bagagem. Será ideal para quem não consegue conviver o Renegade e se diminuto porta-malas de apenas 280 litros
Mesmo com dimensões próximas aos modelos que substitui (o Patriot e o Compass acima), o novo Jeep tem plataforma mais moderna, e bem mais espaço para bagagem. Será ideal para quem não consegue conviver o Renegade e se diminuto porta-malas de apenas 280 litros

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Essa história explica por que eles terão um único sucessor, que deve chegar ao mercado no final desse ano. É alta a expectativa em relação ao modelo, que antes da estreia já tem a dura tarefa de recolocar a Jeep em posição de destaque em uma faixa de mercado na qual o Compass não se destacou. Falamos de carros com comprimento total de 4,5 metros, como Honda CR-V, Toyota RAV4 e Volkswagen Tiguan.

Para cumprir essa missão, ele usará a plataforma do Renegade, adequadamente esticada para ficar com porte exatamente entre o do Renegade e o do Cherokee. Do ponto de vista estético, no entanto, a semelhança com o irmão menor foi cuidadosamente evitada, deixando muito espaço para referências estilísticas ao Grand Cherokee – dos faróis ao capô, passando pelas laterais lisas e a linha de cintura firme e afiada. Tudo em escala reduzida, obviamente.

Na mecânica, o parentesco com o Renegade permite usar os motores
4 cilindros a gasolina e a diesel do grupo FCA, com potências entre 110 e 180 cv (globalmente, pois no Brasil deve ter versões 2.0 a diesel e 2.4 a gasolina, porque o 1.8 E.TorQ é fraco demais para ele). Eles serão acoplados a caixas manual de seis marchas ou automática de nove. A tração será dianteira ou integral, essa última com Selec Terrain, que permite escolher o terreno entre os modos Auto, Snow (neve), Sport e Sand/Mud (areia/lama), e ainda o modo Rock (pedra) para as versões “Trail-Rated”, bem mais preparadas para o off-road.

Quanto ao nome, o CEO da Jeep, Mike Manley, confirmou que será um dos usados hoje. E como o Compass tem mais relevância global, deve prevalecer.
O novo Compass (vamos chamá-lo assim) será apresentado mundialmente no Brasil, ainda este ano. Natural, pois ao menos a princípio é o único lugar onde o modelo será produzido – na mesma fábrica de Goiana, Pernambuco, onde já é feito o Renegade (depois será produzido para os americanos em Toluca, México).

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Modelos de todos os tamanhos

Com um comprimento de cerca de 4,5 metros, o Compass ficará entre os 4,25 m do Renegade e os 4,62 m do Cherokee (o Grand Cherokee passa de 4,8 metros). O preço também deve ficar entre os deles – algo próximo de R$ 150.000

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