É indiscutível a importância do Gol e sua família para a Volkswagen do Brasil e para o mundialmente importante grupo Volkswagen. Daí os cuidados da filial brasileira e da matriz alemã com o nosso querido popular. A geração atual vai indo muito bem em termos de vendas, obrigado. Tem mantido a liderança que já herdou das gerações anteriores e que acontece desde 1986. Não vai ser fácil continuar mantendo essa liderança com a concorrência acirrada.

Mas a Volkswagen tem suas cartas guardadas na manga para surpreender o consumidor brasileiro, além dos concorrentes instalados no País e os que estão chegando. Já no segundo semestre deste ano, o Gol atual passará por uma reformulação estilística: será mantida a mesma carroceria, porém com atualizações no desenho das lanternas, tampa traseira, para-choques e painel de instrumentos. Essa providência deverá garantir a liderança até a chegada do novo carro. Mas a grande surpresa, guardada a sete chaves, acontecerá mesmo no _ m do segundo semestre de 2015, com lançamento previsto para 2016. Estamos falando de um Gol totalmente novo, e esse você só verá aqui na revista MOTOR SHOW, pelas nossas projeções.

Para manter a liderança nas vendas, a Volkswagen trabalha duro no novo carro, a começar pela nova plataforma MQB (traduzindo em bom português, Arquitetura Modular Transversal), similar àquela utilizada pelo novo Golf. Uma plataforma universal, que permite à fábrica facilmente adaptar a veículos de dimensões como as do Gol e que pode ser utilizada até mesmo nos Passat atuais. Uma base de suspensão, direção e freios bastante versátil e que garante rapidez ao lançamento de novos projetos. Uma grande vantagem para a marca alemã. Por isso, para quem achava que o novo Gol utilizaria a plataforma do Up, esqueça, será mesmo a moderna MQB.

Na carroceria, as diretrizes vieram da matriz alemã: o novo Gol deveria ter ares do novo Golf, um carro que foi mundialmente aplaudido pela crítica. Com esse aval do consumidor mundial e da imprensa especializada dos principais continentes, seu design já estaria fadado ao sucesso. A marca alemã não quis correr o risco de um desenho que pudesse não agradar a todos. Agora, partindo de um design maravilhoso e sendo esse um carro de categoria superior, é claro que o consumidor de um Gol se sentiria feliz e prestigiado ao poder comprar um mini-Golf. E é assim que o novo modelo está sendo chamado por todos aqueles que têm contato direto com o projeto ou que tiveram acesso a um dos dez protótipos já prontos do novo carro. Eles iniciaram seus testes práticos de estrada e foram até mesmo aprovados pela matriz do fabricante alemão, em Wolfsburg.

Plataforma moderníssima, design de carro superior e formas deslumbrantes. Falta falar do conjunto motor/câmbio. Nesse caso também a Volkswagen não brincou em serviço: se é para manter a liderança e ampliar as vantagens sobre o segundo colocado, ela sabe que tem de oferecer o melhor produto, seja no estilo, na mecânica ou no motor. Para a versão de entrada 1.0, está destinado nada menos que o novo motor 3 cilindros de 82 cv flex da nova família EA 211. Um motor modular que reúne como nenhum outro do mercado nacional potência, torque, economia de combustível e muita modernidade construtiva. Aliado a um bom câmbio de cinco marchas que deverá ser oferecido também na versão automatizada I-Motion, o novo Gol será certamente destaque no quesito consumo e desempenho de sua categoria.

Há ainda a versão 1.6 16V. Apesar de esse motor não ter sido lançado no mercado brasileiro, isso deverá ocorrer neste primeiro semestre, na nova picape Saveiro. O novo motor – também pertencente à família EA211 – terá 4 cilindros e a mesma disposição construtiva do motor 1.0, mas com um cilindro a mais. Por isso ele é modular, permitindo que a fábrica ponha ou tire cilindros. Apesar de inicialmente lançado com um sistema de alimentação de injeção indireta, esse motor pode utilizar-se dos benefícios da injeção direta, uma vez que nossa gasolina atual já permite a utilização desse recurso. Tal tecnologia permite que os 120 cv da injeção indireta cheguem a cerca de 130 cv com a injeção direta. O posicionamento mercadológico do novo Gol nos próximos dois anos acabará decidindo se ele utilizará um ou outro sistema de alimentação.

A grande e agradável surpresa ficará por conta da volta da festejada versão GTI. Lançada na sua primeira versão em 1989, o Gol GTI dessa época foi o primeiro carro brasileiro a utilizar injeção eletrônica de combustível. Na ocasião, todos os carros nacionais utilizavam o velho e obsoleto carburador. O Gol GTI surpreendeu com essa inovação tecnológica. Agora o Gol GTI utilizará o novo motor 1.4 da mesma moderna família EA 211 da Volkswagen, com uma grande diferença: será superalimentado com um turbo.

Isso mesmo, o Gol GTI terá o mesmo motor do Golf, um motor alimentado com um sistema de injeção direta e superalimentado através de um turbo que, certamente, o colocará como um dos carros nacionais mais econômicos do país – além, é claro, de um desempenho que deverá surpreender até mesmo os mais céticos. No desempenho, o carro deverá acelerar de 0-100 km/h na casa dos oito segundos e atingir uma velocidade máxima perto de 210 km/h. No estilo, deverá seguir as tendências do Golf GTI atual: esportivo, porém discreto e elegante, como cabe a um bom esportivo da marca.

Os fornecedores já estão a todo vapor, na confecção das peças do Gol da sexta geração. Dentro da Volkswagen, todos os departamentos trabalham empenhados em não atrasar o lançamento para daqui a dois anos.Todos os departamentos brigam também para conter seus custos e viabilizar o novo carro para que ele chegue ao mercado a preços não muito diferentes daqueles aplicados nas versões do Gol atual. Uma luta! Mas temos a certeza de que a experiência e o know-how da Volkswagen – que faz carros no Brasil desde os anos 1950 – pesarão positivamente para que a marca alemã lance no tempo previsto o melhor Gol já feito em todos os tempos. Não temos dúvida nenhuma disso.