23/11/2025 - 7:00
A 31ª edição do Salão do Automóvel de São Paulo surpreendeu pela quantidade de estreias de relevância, além do surgimento das marcas chinesas de luxo, como Denza e Avtr. Praticamente todas têm um SUV eletrificado para oferecer. Às vezes, em mais de um tamanho.
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Mas não pode-se dizer que foi este retorno o Salão do Automóvel das Chinesas. Renault, Honda, Hyundai, Toyota e Kia reagem com uma enxurrada de lançamentos e futuros modelos. A Stellantis, com sete marcas, também protagonizou. Elegemos cinco atrações que vão ser assunto na roda do condomínio:
Chinesas
Nunca as chinesas tiveram tanta presença, ainda mais com carros confortáveis, equipados e acessíveis, embora um tanto quanto genéricos. Visitar estandes como o da Denza, Avtr, Changan, Leapmotor e GMW nos revela peça inegável, irreversível – e para alguns dispensável – da mobilidade do futuro. E o que nos interessa nela ou não.

Trio da Renault no Salão do Automóvel
Quem quiser conhecer a futura identidade visual da Renault basta se pôr à frente do recém-lançado Boreal, do Koleos, previsto para o primeiro semestre do ano que vem, ou da Niagara, a picape conceitual.

Enfim, um esportivo no Salão do Automóvel
Já se sabia que a Honda teria o novo WR-V, que chega no limbo entre desbancar os subcompactos em suas versões topo de linha e enfrentar os compactos de entrada, como T-Cross Sense.

Mas foi emocionante ver uma marca retomar um produto tão icônico para o entusiasta, esse intrometido na cadeia automotiva que só pede carro que ou dá prejuízo, ou é difícil de fazer, ou, pior ainda, não vende nada. Não sabemos em qual quesito o Prelude vai se encaixar, mas será incrível tê-lo no mercado com seu conjunto híbrido de cerca de 200 cv.
E o Abarth 600e Scorpionissima com seus 280 cv também.
Citroën sendo Citroën, Peugeot sendo Peugeot
Esqueça aquele C3 da tal Tardezinha: para entender o que significa a Citroën, é preciso dedicação às linhas (externas e internas) do C5 Aircross, modelo que delimita uma nova fase da marca no segmento C-SUV. Ainda mais ostentando a deslumbrante cor Verde Hulk.

A Peugeot apelou para o legado esportivo para lançar o E-208 GTi, que pretende manter o legado do clássico dos “hot hatches” dos anos 1980 205 GTI e, mais tarde, na virada dos anos 2000, o 206 GTi.

Carde
Jamais nos seus 65 anos o Salão do Automóvel de São Paulo deu tanto destaque para os clássicos, geralmente relegados aos cantos – quando muito dos próprios estandes das montadoras que querem parecer descoladas e fiéis à história da empresa.

No meio do pavilhão do Salão do Automóvel, no meio do tiroteio entre as que já tinham ocupado o terreno (tradicionais) e as que agora querem um pedaço dele (chinesas), está o cenográfico espaço do Museu Carde. Pela raridade, Ferrari F40 e Jaguar XJ220 merecem mais tempos de contemplação.
Mas é bom lembrar que a Kombi Turismo que está lá trata-se do mesmo exemplar que a Volkswagen exibiu na primeira edição da mostra, em 1960. Isso sem falar no primeiro protótipo do Hofstetter, um os fora-de-série mais simbólicos da banda alternativa da indústria brasileira.
Veja abaixo o mapa dos estandes e da estrutura do evento:
