Ao lançar o Cobalt em 2011, a Chevrolet anunciou para 2012 uma versão 1.8 com câmbio automático de seis marchas. Pois bem, ela chegou e, junto, trouxe aquele algo a mais que faltava até então ao sedã: um desempenho à altura de seu porte e da quantidade de carga que é capaz de transportar. Já que, se não agrada pelo visual, o sedã tem o inegável argumento do excelente espaço interno e do porta-malas que supera até mesmo a maioria dos sedãs de porte médio.

A GM fez pequenas alterações no modelo com o motor maior. Não mudaram o carro, mas lhe deram mais de classe. Na versão LTZ, a topo de linha das fotos, ele custa R$ 46.990 (ou R$ 49.990 com câmbio automático) e ganhou rodas diamantadas de 15 polegadas, lanternas e faróis escurecidos e spoiler traseiro.

Quem optar pela con guração LT (R$ 43.690, ou R$ 46.690 a automática) terá todas essas mudanças, com exceção das rodas – substituídas por calotas – e do sensor de estacionamento traseiro. Internamente, o Cobalt 1.8 traz volante revestido em couro e uma nova moldura para o entorno do rádio, que imita bra de carbono.

Em princípio, o modelo viria equipado só com a transmissão automática de seis velocidades, a mesma do Cruze, mas a marca optou por desenvolver uma versão também com câmbio manual de cinco velocidades – que por sinal se encaixou muito bem ao modelo. Assim como a automática, aliás, que tem trocas suaves e – dentro das possibilidades – rápidas. O calcanhar de aquiles do câmbio automático é a necessidade de tirar a mão do volante para realizar as trocas no modo manual, por meio do botão junto à alavanca. Segundo a Chevrolet, a chegada do Cobalt 1.8 deve dividir o mix de vendas do modelo ao meio: metade das unidades continuará com o motor 1.4, metade receberá o propulsor maior, e, desses, 50% terão a transmissão automática.

“O motor 1.8 Econo.Flex foi calibrado com a mesmas especicações utilizadas para o Spin, passando apenas por uma alteração na curva de entrega do torque”, explicou o diretor de engenharia de powertrain da América do Sul, Paulo Riedel. “Agora 90% do torque é entregue entre 2.500 rpm e 4.700 rpm”, completou. A potência (108 cv com etanol) não é de grande representatividade, já que o 1.6 do Fiat Grand Siena, seu concorrente, entrega 117 cv.

Apesar disso, o trem de força trabalha bem e entrega agora o su ciente para que o Cobalt possa rodar com quatro adultos e suas malas sem sofrer em subidas e ultrapassagens. Sua plataforma é a mesma da versão 1.4, portanto seu comportamento não difere, oferecendo uma rolagem de carroceria além do desejado. 

Ou seja, o Chevrolet Cobalt continua um carro puramente racional, exatamente como foi pensado para ser, mas que agora entrega um pouco do tempero que faltava.