À primeira vista, tem-se a impressão de que todos os óleos lubrificantes para motores são iguais. Se você é desses que raciocina nessa linha, pode ter a certeza absoluta de que você está enganado. O mercado de reposição de lubrificantes é muito amplo e vasto em nosso país, e, como o controle sobre a qualidade praticamente inexiste, tome muito cuidado. Você pode estar comprometendo de maneira muito séria, a vida útil do motor de seu carro.

Em casos extremos, um motor mal lubrificado exigido em seu desempenho máximo, corre o sério risco de fundir. Ou seja, suas partes metálicas passam a se tocar pela ausência do lubrificante e os metais, que de tão aquecidos, acabam se fundindo e danificando o motor de maneira irreversível. Algo muito sério!

E eu já vi de tudo: óleos “escorridinhos” (aqueles que o frentista deixa escorrendo do fundo da embalagem depois de colocar o óleo no seu carro, e, no final do dia, acabam gerando um óleo que é revendido), os “recuperados” (oriundos do óleo usado do cárter de todos os carros que têm o lubrificante trocado, passam por uma centrífuga para retirar o particulado sólido, sendo depois embalado e vendido) e existem ainda no mercado os óleos de marcas “barbante”, (fabricantes desconhecidos que na maioria das vezes não são testados e, nem de longe, atendem as especificações em termos de aditivação e qualidade da base empregada na fabricação do óleo).

Claro que, nem é preciso dizer, que se você usa um desses lubrificantes acima descritos, ou aqueles em que a viscosidade ou a especificação API não está de acordo com o indicado pelo fabricante do seu carro (verifique sempre no Manual do Proprietário), você certamente está abreviando de maneira drástica a vida útil do motor de seu carro.

Segundo Laura Furst, coordenadora de produtos da Mobil, um motor lubrificado de maneira incorreta pode perder de 30 a 40% de sua vida útil. Isso, na prática, significa que um motor hipotético que tivesse sua vida útil normal de 100 mil quilômetros para a primeira retífica, precisaria ser retificado aos 70 mil ou até 60 mi Quilômetros se for mal lubrificado. O lubrificante de boa qualidade faz toda a diferença.

Utilizando o óleo correto indicado pelo fabricante do veículo, tanto na viscosidade quanto na classificação API de aditivos, o motor de seu carro funcionará mais suave, sem batidas ou ruídos metálicos estranhos, principalmente nas partidas a frio. Consumirá menos combustível por girar mais fácil e com menos atrito e, consequentemente, poluirá menos o ar ambiente. Só benefícios!

Se você considerar que as trocas de óleos normais em motores modernos acontecem a cada 10 ou 15 mil quilômetros, perceberá que a economia feita com lubrificantes mais baratos não compensará os prejuízos causados pela menor vida útil do motor e pelo consumo de combustível maior que provocará.

Dê sempre preferência a óleos de fabricantes conhecidos e respeitados, que atendem as normas internacionais de qualidade. Marcas como Mobil, Bardahl, Castrol, Shell, Ipiranga, Motul, Selénia, entre outras consagradas, podem ser utilizadas com segurança. Marcas das quais você nunca ouviu falar ou aquelas que o frentista afirma serem baratinhas? Esqueça! Certamente elas te trarão problemas futuros.