No Brasil, estamos acostumados a modelos de carros feitos especificamente para países em desenvolvimento. Embora pareça uma prática relativamente recente da indústria automobilística, a Chrysler Corporation produziu entre as décadas de 1930 e 1950 uma série de modelos que eram montados em Detroit, mas só podiam ser adquiridos fora dos Estados Unidos.

Nos anos 1930, a hoje extinta Plymouth ficava posicionada na hierarquia do grupo abaixo da Dodge. Foi quando a Chrysler decidiu vender para o mercado canadense modelos da sua marca de entrada com carrocerias e acabamento dos Dodge, dando aos concessionários estrangeiros uma opção de modelo mais acessível, mas sem precisar desenvolver um produto totalmente novo.

Os Plodge — como esses carros acabaram ficando conhecidos — acabaram se mostrando viáveis também em países onde os automóveis eram tributados de acordo com a potência dos motores. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a Chrysler concentrou esses Plymouth de exportação sob o nome Dodge Kingsway.

Apesar da denominação única, Kingsway designava uma série de vários modelos, todos eles inspirados na linha americana da Plymouth, mas com modificações de acabamento para ficarem com a cara dos Dodge “de verdade”.

Com esse nome, os Kingsway foram comercializados em países da Oceania, Europa, Ásia, África e América Latina, tendo sido inclusive montados em países como Índia e até no Brasil. A prática só terminou em 1959, quando a Dodge lançou o Dart, um carro novo e exclusivo para ocupar o segmento dos Plodge no exterior. E desta vez, também nos Estados Unidos.