01/12/2010 - 0:00
A Meriva começou a ser produzida no Brasil em 2002 com a plataforma do Corsa, aliando espaço interno e conforto. Talvez por isso, mesmo com design ultrapassado, tenha tanta aceitação. Entre os proprietários consultados, foi difícil achar um que não gostasse do carro. As reclamações são focadas no design ultrapassado (que, por outro lado, a tornam uma boa compra, já que é quase igual à vendida hoje – que, no entanto, deve mudar já no ano que vem).
Cotada na tabela Fipe/MOTOR SHOW por R$ 37.762, a versão Maxx 1.4 ano 2009 oferece, além do básico no segmento (ar, direção hidráulica e trio elétrico), assento dianteiro com porta-revistas e bandejas para quem vai no banco traseiro. Esses itens mostram que este é um carro para a família, e, nesse quesito, ela acerta em cheio.
Questionado sobre o motivo da compra, o proprietário Fábio Gil afirma que sua família cresceu e ele precisava de espaço. “Ela é muito espaçosa e, ao mesmo tempo, cabe em qualquer lugar. Fiz uma excelente escolha.” Já Nilce Almeida se sente mais segura na Meriva: “Por ser alta, é mais respeitada no trânsito. Além disso, co tranquila ao passar em enchentes.” Mas ela reclama das suspensões: “Quem vai no banco traseiro tem de se segurar quando o carro passa em lombadas ou buracos.”
Já a proprietária Angélica Donaire garante que con a muito no carro e a rma que “só de bater a porta, você percebe que é um veículo forte”. Gerson Dias concorda com ela e diz preferir carros da Chevrolet por serem robustos e não darem muito trabalho na hora da manutenção. Mas é um dos que reclamam do design ultrapassado: “A Meriva poderia ser mais moderna – e seu acabamento espartano me incomoda um pouco.”
“A GM acertou ao colocar o motor 1.4 na Meriva”, garante o taxista Francisco Rocha, que trocou a sua pela 1.4 Maxx. De fato, o carro ca mais econômico com este motor, mas perde desempenho (são 105 cv e torque bem menor que o da versão 1.8, com 114 cv).
Os mecânicos consultados a rmam que os problemas mais comuns do carro ocorrem nas unidades adaptadas para uso de gás natural. “Um problema comum que ocorre nas Meriva adaptadas para gás é a quebra da engrenagem da borboleta”, diz o mecânico Claudio da Silva Araújo, da o cina Speed Car. Ele a rma também que o sensor de posição de borboleta costuma dar problemas, mas que “no mais, é um carro muito resistente e, mesmo quando usado por taxistas, não costuma quebrar. Tenho clientes que andaram mais de 90 mil quilômetros antes de trocar a embreagem por desgaste”, concluiu.
O painel, ao lado, é simples, com acabamento que deixa a desejar. Abaixo, as bandejas “tipo avião”
GOSTO…
“Ela é muito
espaçosa e, ao
mesmo tempo,
cabe em qualquer
lugar. Fiz uma
excelente compra”
Fábio Gil,
proprietário
NÃO GOSTO…
“Quem vai no
banco traseiro tem
que se segurar
quando o carro
passa em lombadas
ou buracos”
Nilce Almeida,
proprietária
MERCADO
Sua desvalorização,
de 7,6% no último
ano, pode ser
considerada alta,
se comparada à de
seus concorrentes
Fiat Idea (4,2%)
e Honda Fit (1,6%)