EMISSÃO DE CO2 153 g/km BAIXA

MERCEDES SLK 250 CGI NA EUROPA (€ 52.721) R$ 121.911

TRANSPARÊNCIA VARIÁVEL

O Magic Sky Control é um teto rígido que, além de dobrado, pode ser também escurecido. Isso mesmo: por 2.388 euros, o cliente tem a possibilidade de controlar a transparência do teto de vidro de modo a escurecê-lo o suficiente para que os raios de sol não penetrem o habitáculo. Essa maravilha da nanotecnologia tem partículas orientadas por uma tensão elétrica que podem se arranjar de modo a deixar passar, ou não, a luz. Já se a ideia for viajar com os cabelos ao vento, em 20 segundos o teto se recolhe para dentro do bagageiro, fazendo nascer um convidativo spider.

Um olhar para o passado e outro para o futuro. Assim nasce a terceira geração do SLK, o coupé/spider da marca da estrela lançado em 1996. Do passado, o modelo traz em seu DNA a esportividade do antecessor SL, mito dos anos 50/60 (a letra K indica justamente que se trata de uma versão compacta dele). De futuro, mostra muita tecnologia embarcada e um visual que lembra os novos SLS – de mesma descendência – e CLS. Mas, seja qual for a faceta mais marcante de sua personalidade, o SLK exerce um fascínio imediato sobre qualquer ser humano que goste de carros. Aliás, assim como todos os conversíveis da Mercedes.

Para começar com o encantamento, quando se usa a carroceria como um coupé, ele apresenta uma novidade mundial em termos de conforto a bordo: o Magic Sky Control (leia ao lado). Depois de curtir o teto, basta meio giro da chave para começar o divertimento. Os bancos de couro nobre e com sistema de ventilação acomodam bem o corpo e mantêm a temperatura agradável. O habitáculo é muito bem acabado, como na geração anterior, e o espaço lateral é excelente. O motor 1.8 é uma joia moderna, turboalimentada e com injeção direta. São mais de 200 cv despejados com brilhantismo quando o ponteiro do contagiros chega próximo da faixa vermelha. Isso não signi ca que em baixos e médios regimes o quatro cilindros não mostre sua vitalidade.

Os números provam o potencial. Basta recordar a prova de aceleração de zero a 100 km/h, que é cumprida em menos de sete segundos. Mas o grande calcanhar de aquiles do conjunto mecânico é o câmbio automático, o novo 7G-Tronic Plus. Essa transmissão frustra qualquer tendência esportiva do 250 CGI, mesmo quando usada manualmente. O conversor de torque escorrega demais e deixa as passagens muito lentas – obviamente para aquilo que se espera de um carro como esse. Essa característica torna cansativo desfrutar de toda a potencialidade do motor e sobretudo diminui demais o entusiasmo que se poderia ter em “atacar” as borboletas de trocas à procura de fortes sensações.

Os bancos têm refrigeração para os dias de sol e uma saída de ar quente para encarar o frio mesmo com a capota aberta

Apesar de acomodar apenas o motorista e um passageiro, a cabine é bastante agradável e tem excelente espaço lateral

O painel ganhou linhas mais agressivas e a posição de dirigir é excelente, resultado da meticulosidade tradicional da marca

Mas o consolo vem já na primeira curva, quando se tem contato com a prazerosa dinâmica do carro. O esterço desenha a trajetória com impressionante precisão e corrige com uma quase imperceptível rotação do volante. Comportamento favorecido pelo acerto sempre bem balanceado, mas decisivamente rígido, que deixa o carro colado no asfalto. Os pneus superbaixos e mistos (225/40 na frente e 245/35 atrás), unidos ao acerto esportivo das suspensões, transmitem bem as solicitações à carroceria, que torce muito pouco e mostra uma rigidez impressionante. O sistema de freios é excelente como sempre: potente, e caz, bem modulado e resistente à fadiga. Em suma, seguro e perfeitamente alinhado ao que se espera deste automóvel.

O saldo desse primeiro contato com o novo SLK é positivo. Para encerrar os trabalhos, vejamos o que ele consegue em termos de consumo. Com média de 8,2 km/l na cidade e 11,6 km/l na estrada, o Mercedes cumpre a missão de levar seus ocupantes para os passeios de m de semana gastando pouco e poluindo menos. Para os brasileiros, estará disponível nos próximos meses, massomente nas versões 200 CGI (270 cv) e 350 CGI (370 cv).

SEGURANÇA MÁXIMA

A nova geração do SLK incorpora modernos sistemas de assistência de direção e de redução de danos em caso de acidentes, alguns deles emprestados de modelos mais caros da marca, como o Classe E.

O Attention Assist identifica quando o nível de atenção do motorista está muito reduzido por conta da sonolência e sugere uma pausa para um café por meio de um símbolo no painel em forma de xícara. Já o Adaptive Break, entre outras funções, seca os discos de freio em caso de chuva. Opcionalmente, o modelo pode vir ainda com o Distronic Plus, que mantém a distância de segurança do carro da frente e, em caso de aproximação perigosa, freia sozinho o veículo e aciona o Pre-Safe, sistema de proteção preventiva dos passageiros no caso de uma batida.

Mercedes SLK 250 CGI

MOTOR quatro cilindros em linha, 1,8 litro, 16 V, turbo TRANSMISSÃO automática sequencial, sete marchas, borboletas no volante, tração traseira DIMENSÕES comp.: 4,13 m larg.:1,82 m alt.: 1,30 m ENTRE-EIXOS 2,430 m PORTA-MALAS 225 a 335 litros PNEUS não disponível PESO 1.815 kg • GASOLINA POTÊNCIA 204 cv a 5.500 rpm TORQUE 31,6 kgfm de 2.000 a 4.300 rpm VELOCIDADE MÁXIMA 240 km/h 0 100 km/h 6,9 segundos CONSUMO cidade: 8,2 km/l / estrada: 11,6 km/l (na Europa) CONSUMO REAL não disponível

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