27/10/2012 - 17:15
Quando um aniversário é importante, a comemoração tem que ser especial. No caso dos 40 anos do Passat, a Volkswagen lhe dá de presente uma plataforma completamente nova, um design mais incisivo e uma versão híbrida. Afinal, ele é o terceiro modelo mais vendido na história da marca, depois do Golf e do Fusca/New Beetle. De 1973 até hoje, foram produzidos mais de 15 milhões de Passat.
Um carro tão estratégico quanto este, comercializado da China aos Estados Unidos, é um protagonista ideal para o processo de racionalização do uso de componentes que levou a VW a criar uma plataforma única para todos os novos modelos com motor transversal (a MQB, que detalhamos na edição 350, de maio deste ano).
Com uma base tão flexível, capaz de acomodar qualquer tipo de carroceria, de utilitários a monovolumes, os engenheiros alemães puderam desenhar um Passat com proporções totalmente novas: mesmo com as medidas gerais mantidas praticamente iguais, os balanços dianteiro e traseiro serão reduzidos e a medida do entreeixos vai crescer. Mas a MQB também tem outra vantagem. Ela foi projetada para acomodar todo e qualquer tipo de motor. Além das unidades a diesel e à gasolina que estão sendo projetadas para já cumprir os novos limites de emissões da norma Euro 6 (os a diesel, que não são vendidos no Brasil, com sistema de redução de óxidos de nitrogênio, e os TSI, à gasolina, com desativação de cilindros), a marca terá um inédito híbrido plug-in, com cerca de 170 cv de potência e uma autonomia em torno de 50 quilômetros apenas no modo elétrico.
Mas a melhor notícia, para os brasileiros, é que este novo Volkswagen Passat pode ficar mais barato. Além de a MQB servir para baratear a produção, o Passat passará a ser feito sobre a mesma base do Golf VII que, como já adiantamos, será produzido no México (leia mais na reportagem prévia sobre o Salão de Paris na página 18), e também poderá ser fabricado por lá. Assim, graças ao acordo automotivo com aquele país, deixaria de pagar 35% de Imposto de Importação (hoje é trazido da Alemanha) e poderia ser posicionado logo acima do Jetta TSI, ainda abaixo dos R$ 100 mil. Hoje, ele tem preço inicial acima dos R$ 120 mil.