03/12/2012 - 10:22
Com a maior planície inundável do mundo, o Pantanal se estende pelos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, leste da Bolívia e norte do Paraguai. Numa extensão de 230 mil quilômetros quadrados, é considerado pela Unesco como um patrimônio natural da humanidade e reserva da biosfera. Percorrendo a Estrada Parque, antigo caminho aberto pelo marechal Rondon enquanto instalava uma linha telegráfica até Corumbá, dá para conhecer e vivenciar um dos ecossistemas mais rico do mundo e se encantar com paisagens indescritíveis.
Estrada Parque
A Estrada Parque possui quase 120 quilômetros de extensão e corta algumas regiões do Pantanal, como Nabileque, Abobral, Nhecolândia e Morraria do Urucum. Saindo de Corumbá, percorremos 12 quilômetros pela BR-262 e saímos à esquerda na estrada de terra. O caminho foi todo construído sobre aterros de até quatro metros de altura, com o intuito de garantir a travessia em qualquer época. É pela estrada que ocorre o escoamento de gado na região e muitas vezes passam por ela as comitivas que conduzem o gado de um lugar para o outro. Do início da terra, vamos percorrer 50 quilômetros até as margens do rio Paraguai. Estamos na localidade de Porto da Manga e a travessia do rio será feita por balsa. Na espera da balsa há uma casa de dois andares, feita em madeira. Essa relíquia histórica foi um posto telegráfico construído pelo marechal Rondon. Atravessando o rio Paraguai, o tráfego é menor. É hora de aproveitar que as pontes são mais elevadas para observar a fauna.
Vamos andar mais 20 quilômetros na Estrada Parque até a Curva do Leque. Até aqui o caminho é muito bom, com piso firme de cascalho, estrada larga e pontes estreitas de madeira bem conservadas. Trafegue com atenção, pois já é possível ver várias espécies de aves, capivaras, muitos jacarés e alguns veados. Os animais cruzam constantemente o caminho. Se a viagem está sendo feita em um veículo 4×4 e num grupo de carros, uma opção mais radical é sair à esquerda na Curva do Leque até a Fazenda Quatro Cantos. Lembre-se que nessa parte do roteiro somos intrusos, estamos transitando dentro de propriedades particulares, fazendas que têm rotinas de trabalho e que são modificadas com nossa presença. Respeite os habitantes e os costumes locais e seja gentil com os moradores.