01/02/2011 - 0:00
A lista de equipamentos é farta, com sistema de entretenimento com comando de voz e DVD, ar-condicionado automático, partida sem chave e sensores de luz e chuva, entre outros mimos
O A1 não é, nem de longe, um popular da Audi. O carrinho oferece tudo o que se espera de um veículo da marca, só que concentrado em uma carroceria com menos de quatro metros, ao preço inicial de R$ 89,9 mil. Por fora, tem toda a identidade visual da família Audi: a grade trapezoidal com as quatro argolas encravadas, a iluminação com uma sequência de LEDs dentro do farol e uma traseira que parece uma versão reduzida do crossover Q5. O arco de ligação entre as colunas A e C pode ter cores diferenciadas, criando um elemento de customização bastante charmoso. O resultado final ficou incrível – não há uma pessoa sequer (pelo menos que eu tenha encontrado durante a avaliação do carro) que não elogie suas formas.
A bordo, a sensação é a de um carrinho de corrida: os bancos tipo concha abraçam o corpo e a posição de dirigir é baixa. O painel é limpo, os comandos são racionais e há menos botões que nos modelos mais caros – mas as saídas de ar circulares não negam a descendência. O compartimento que acomoda o GPS é retrátil, o que garante a discrição. O quadro de instrumentos fica sempre bem visível, tem fácil leitura e a visibilidade traseira não é ruim, apesar das formas arredondadas. O entre-eixos é suficiente para relativo conforto aos quatro ocupantes, mas a ausência das portas traseiras dificulta a entrada.
No alto, o painel com saídas de ar circulares e a tela retrátil do GPS (que mostra também as funções do sistema multimídia). Abaixo, o espaço traseiro, um detalhe do acabamento da porta e as rodas 17”
Ao volante, nota-se que a propaganda feita pelo design não é enganosa: a sensação é a de estar em um legítimo Audi. A aceleração do motor 1.4 turbo é vigorosa, o torque máximo fica constante de 1.500 a 4.000 rotações e a transmissão automatizada de sete marchas (dupla embreagem) ajuda a mover com agilidade impressionante o modelo. O uso das borboletas no volante é absolutamente opcional, já que o câmbio é rápido e eficiente. Se quiser usá-las para uma redução, por exemplo, basta tocá-las , sem precisar escolher o modo manual. A suspensão tem acerto firme – não muito confortável em pisos esburacados –, mas nas curvas garante um comportamento irrepreensível e divertido, assegurado também pela direção direta.
Quando o carro para em semáforos ou no congestionamento, o motor se desliga automaticamente. É o sistema start stop em funcionamento. Quando religa, causa um pouco de vibração, mas você logo se acostuma, principalmente depois que notar que consegue fazer médias de 17 km/l a 18 km/l na cidade – e sem abrir mão do desempenho. Para economizar energia, toda a iluminação interna é feita com LEDs e, além disso, um sistema de recuperação de energia da frenagem alivia a carga do gerador. Coisas de carro jovem, moderno e ecologicamente correto.