É o carro que faltava à Mitsubishi, sempre ocupada em aperfeiçoar e melhorar a qualidade de seus fora-de-estrada. O ASX é um novo crossover compacto, exatamente do porte que o consumidor procura hoje: nem exageradamente grande nem pequeno demais. Com bom pacote de equipamentos e de condução fácil, tem preço que deve começar, nas versões mais simples, ao redor dos R$ 80 mil – para disputar mercado com Captiva e CR-V. O ASX herdou grande parte de seus componentes mecânicos de seu irmão maior, o Outlander. Com 4,3 m de comprimento, um pouco menor que os rivais, ele concilia manobrabilidade nos grandes centros urbanos e bom espaço para viajar com a família nos nais de semana.

O espaço interno é agradável, principalmente para quem vai sentado nos bancos dianteiros, onde os volumes são mais generosos. Tudo benfeito e com materiais sólidos, ao estilo Mitsubishi, e com bom espaço para as pernas no banco traseiro. Apenas o quinto passageiro ca um pouco sacri cado e o ângulo de abertura das portas traseiras poderia ser maior, mas o porta-malas de 442 litros é mais que su – ciente. O ASX mostra, ainda, muitos outros pontos fortes, como a satisfação ao dirigir (com comportamento dinâmico excelente, graças à suspensão independente nas quatro rodas) e conforto e o silêncio ao rodar.

Enquanto na Europa ele é oferecido com motor a diesel ou um 1.6 a gasolina, aqui haverá uma única opcão de motor: um moderno 2.0 16V a gasolina com duplo comando variável, injeção direta e bons 160 cv de potência.

A versão de entrada tem tração dianteira e câmbio manual de cinco marchas, enquanto a top tem tração 4×4 e câmbio automático do tipo CVT (com a opção de seis marchas simuladas para uma condução mais esportiva). Há ainda uma versão intermediária, 4×2 CVT. A lista de equipamentos de cada versão não foi divulgada, mas inclui, provavelmente nas versões top, ajuda em subidas, controle de estabilidade e tração, teto-solar panorâmico. Nas versões 4×4, ele oferece nove airbags (incluindo um de joelho) e bancos com encostos de cabeça ativos para evitar o “efeito chicote”.

Para finalizar, uma boa notícia: a marca pretende fabricar este ASX no Brasil em 2012, com um motor 2.0 flex também nacional (o Pajero Dakar é outro que será feito aqui, em 2011, e, até 2014, a mesma nacionalização ocorre com o sedã médio Lancer.

Os materiais de acabamento interno têm boa qualidade e o espaço é adequado para quatro passageiros