Apenas no Salão de Genebra (Suíça), em março de 2013, a Citroën mostrará ao mundo a nova geração do C4 Picasso que adiantamos aqui. Nossas projeções foram feitas a partir de um protótipo camuflado que flagramos em testes na Europa. A minivan segue a receita de sucesso criada em 1996 pela concorrente Renault Scénic e logo copiada e aprimorada pela Citroën com o Xsara Picasso, de 1999. Os dois modelos foram sucesso de vendas no Brasil e tiveram produção nacional: a do Xsara Picasso começou em 2001 e só terminou este ano, depois de mais de 100 mil unidades produzidas.

O C4 Picasso nasceu na Europa em 2006 para substituir o Xsara Picasso, mas aqui no Brasil não teve o mesmo sucesso do antecessor – não por falta de qualidade, mas por ser importado da Espanha e, por isso, bem mais caro. Chegou em 2008 na versão Grand, de sete lugares, e, no início de 2009, foi apresentada a versão menor, para cinco passageiros.

Mas a nova geração do Picasso pode ter uma história diferente: com a decadência dos mercados europeus, o grupo PSA (Peugeot-Citroën) está investindo pesado na América Latina, atualizando 208 e C3 e desenvolvendo novos sedãs compactos para produção nacional, como o Peugeot 301 e seu equivalente da Citroën. E enquanto o Brasil foca nos compactos, a Argentina  ca encarregada dos médios: hoje o país vizinho produz o Peugeot 308 e os C4 hatch e sedã. Como esses dois modelos – em suas novas gerações – compartilham plataforma com o C4 Picasso,  caria fácil fabricar o monovolume na Argentina. Assim, ganharia status de nacional (sem pagar Imposto de Importação) e poderia chegar ao Brasil com um preço bem mais atraente que os atuais (e salgados) R$ 86.500. Ele custaria algo em torno de R$ 70 mil. Por esse valor, praticamente não teria concorrentes no segmento e poderia trazer bons resultados para a marca.

Além das mudanças visuais, a nova geração abandona o volante com seção central xa e também o motor 2.0, que será substituído pelo novo 1.6 VTi do C3 (com a vantagem de já ser ex e sem “tanquinho” de partida a frio) ou o excelente 1.6 turbo PSA/BMW, também já usado com sucesso em modelos como o Peugeot 3008 e o Citroën DS3.