Depois dos carros, é a vez dos pneus entrarem na onda da etiquetagem do Inmetro. A partir de abril, as novas linhas de pneumáticos lançadas no país já terão que sair de fábrica com informações visíveis sobre a resistência ao rolamento, aderência no molhado e ruído externo.

Relacionada ao consumo de combustível, a resistência ao rolamento será qualificada de A a G. O mesmo critério é utilizado para qualificar o desempenho do composto em pista molhada. Já o nível de ruído será pontuado de uma a três ondas sonoras, sendo a pontuação menor para os mais barulhentos.

Aprovado por uma portaria publicada em 2012, o cronograma de implantação prevê que até outubro de 2016 todos os pneus produzidos no país tenham o selo. Porém o prazo final de adequação dos revendedores termina apenas em abril de 2018.

Baseado no programa europeu de etiquetagem, lançado há três anos, o Inmetro contou com a colaboração dos fabricantes baseados no Brasil para adaptar os processos ao mercado nacional.
“Mesmo pneus de uma mesma linha não são exatamente iguais. Cada país exige características diferentes do produto, como por exemplo, a resistência maior da banda de rodagem a impactos”, explicou o gerente de marketing para produtos comerciais da Goodyear, Fábio Garcia.

Desde 2013, a empresa americana já investiu US$ 240 milhões (quase R$ 779 milhões anuais) na modernização da fábrica de Americana, também para atender aos requisitos do programa do Inmetro.
Além dos pneus de carros de passeio, aqueles produzidos para utilitários e veículos de carga também estão inclusos no programa de etiquetagem.