Há alguns anos, poucos motoristas se rendiam à comodidade da transmissão automática. Hoje, com os problemas de trânsito e a popularização do sistema, o número de motoristas que dispensam a embreagem aumentou bastante. De acordo com a VW, o volume de veículos fabricados com o sistema cresceu de 2% para 7% entre 2000 e 2008. Por custar cerca de metade do preço das transmissões automáticas, as manuais automatizadas têm sido uma alternativa para carros de menor porte. Seguindo a tendência, a Volks acaba de lançar o sistema ASG, que, por enquanto estará disponível em algumas versões do .Mas a marca não esconde que, dependendo da aceitação do mercado, o ASG pode ser implantado em outros modelos VW.

O sistema tem como base a caixa de câmbio convencional de cinco marchas, porém conta com um conjunto eletrônico comandado por uma central. O equipamento tem atuadores eletro-hidráulicos que fazem as trocas de marcha no lugar do motorista, a não ser quando se seleciona o modo sequencial.

Para efetuar as mudanças no tempo certo e de maneira adequada, a central de comando (TCU) possui diversos mapas que cruzam informações de aceleração, pressão do pedal e velocidade. Depois de identificar todas as condições, ela manda os dados para que os atuadores trabalhem de maneira ideal. Segundo Roger Guilherme, gerente de engenharia de motor e transmissão, “a filosofia dos mapas foi herdada da transmissão DSG de dupla embreagem”, que hoje equipa modelos mais esportivos, como Passat CC e EOS.

Os outros sistemas semelhantes dividem opiniões por conta dos solavancos que causam nas trocas. Essa foi uma das principais preocupações da Volks ao desenvolver o ASG. “Para acertar o carro da melhor maneira possível, fizemos testes usando acelerômetros na cabeça para conseguir reduzir ao máximo os solavancos repassados aos motoristas nas trocas de marcha”, revela José Loureiro, gerenteexecutivo de avaliação da VW. De acordo com o executivo, a solução encontrada foi encurtar a relação da primeira e segunda marchas.

O câmbio automatizado é a novidade da versão (no alto da outra página). Comprando o sistema de som original, é possível levar também o volante do Passat CC (à esquerda), com borboletas para trocas sequenciais e controles do áudio e do computador de bordo

Na prática, o I-Motion agrada: o câmbio faz trocas de maneira suave. Sem pisar muito, a mudança passa até despercebida. Mas, se você procura esportividade, basta apertar a tecla S (Sport) para que a transmissão estique mais as marchas, ou mudar para o modo sequencial. Aí, o mais divertido é usar o freio motor, reduzindo as marchas. O veículo, por conta própria, dá uma aceleradinha entre uma marcha e outra (como um punta-taco).

A transmissão ASG será comercializada por R$ 2.450 e estará disponível no hatch e no sedã 1.6, no hatch Sportline 1.6 e no sedã Comfortline 1.6. Para melhorar a oferta, a marca colocou como opcional o volante com paddles shift, que hoje equipa o Passat CC. Com ele, o motorista terá a oportunidade de trocar as marchas por meio de borboletas. O valor da peça é R$ 470, mas o aparato só pode ser instalado se o veículo possuir o sistema de som original, que custa R$ 800, e já vem de série nas versões Sportline e Comfortline.