25/12/2025 - 11:00
Para nós, eles dirigem do lado errado. E, para eles, nós dirigimos do carro errado. Se você já se pegou vendo um vídeo de Londres e estranhou o motorista estar sentado “do lado errado” do carro, saiba que há toda uma explicação histórica pra isso. No total, cerca de 70 países no mundo adotam o volante à direita e dirigem pela esquerda da via, o oposto da maioria. É o que chamamos por aqui de “Mão Inglesa”.
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A origem da “mão inglesa”
O costume vem de muito antes dos automóveis. Lá na Idade Média, cavaleiros britânicos costumavam andar pela esquerda para manter a espada na mão direita, pronta para o combate. Quando as carruagens começaram a dominar as ruas, o hábito se manteve e acabou se transformando em norma de trânsito.
A Inglaterra foi o berço dessa tradição, e quando o Império Britânico se espalhou pelo mapa, levou junto o costume. Por isso, lugares como Austrália, Nova Zelândia, Índia, África do Sul e boa parte do Sudeste Asiático também seguem o padrão. Mesmo depois da independência, muitos desses países mantiveram o sistema por pura questão de praticidade: mudar todo o fluxo das ruas, sinalizações e veículos seria uma bagunça de proporções épicas.
No Japão também dirigem “errado”
O Japão é um caso curioso. Apesar de nunca ter sido colônia britânica, o país adotou o volante à direita no século XIX, quando contratou engenheiros ingleses para construir suas primeiras ferrovias e estradas. O hábito pegou e ficou: hoje os japoneses dirigem pelo “lado errado”.
Na Europa continental, quase todos dirigem pela direita, com exceção de alguns territórios menores, como Malta e Chipre, heranças diretas da influência inglesa. Já no Caribe e na África, a situação é um verdadeiro mosaico: em algumas ilhas, como Jamaica e Barbados, o volante é à direita; em outras, como Cuba, segue o padrão americano.
Suécia mudou ao longo do tempo
Curiosamente, há também países que mudaram o lado que dirigem ao longo do tempo. A Suécia foi um dos casos mais emblemáticos: até 1967, o trânsito por lá fluía pela esquerda. No chamado “Dagen H” (Dia H), o país fez uma operação nacional para trocar o sentido. Às 5 da manhã, tudo parou por alguns minutos, e, quando os motoristas voltaram a rodar, estavam oficialmente dirigindo “do lado certo”.
