15/05/2025 - 7:50
A nova geração do Porsche 911 acaba de desembarcar no Brasil. Na realidade, não se trata de um carro totalmente inédito, mas sim da reestilização de meia-vida da geração 992, lançada inicialmente no final de 2018.
Chamada de “992.2”, essa reformulação inclui novos faróis e lanternas, parachoques redesenhados, novas tomadas de ar/apêndices aerodinâmicos, outros jogos de rodas e instrumentação digital inédita na cabine, que também conta com novos detalhes e acabamentos. Boa parte das oito versões lançadas oficialmente agora já estavam em pré-venda, ou já haviam sido apresentadas no Brasil.
A marca alemã, porém, agora faz a estreia oficial do novo modelo no mercado nacional em oito configurações: Carrera Coupé (R$ 930 mil), Carrera Cabriolet (R$ 980 mil), Carrera T Coupé (R$ 980 mil), Carrera T Cabriolet (R$ 1,04 milhão), Carrera GTS Coupé (R$ 1,18 milhão), Carrera GTS Cabriolet (R$ 1,23 milhão), GT3 (R$ 1,47 milhão) e GT3 Touring (R$ 1,47 milhão).
Um dos destaques desse novo 911 vai para a versão Carrera GTS, que faz a estreia do esportivo da Porsche no mundo da eletrificação. Leia-se: é o primeiro 911 hibrido da história, utilizando a tecnologia batizada de T-Hybrid, com turbocompressor de gases de escape. Um motor elétrico instalado entre o compressor e o rotor da turbina acelera instantaneamente esse turbocompressor. Isso cria imediatamente pressão de sobrealimentação. O motor elétrico que acelera a turbina também funciona como gerador, desenvolvendo até 15 cv extras.
Além disso, o Carrera “normal” herdou os turbocompressores da geração anterior do GTS. Ambos passaram a apresentar versões bem mais esportivas e dinâmicas que os respectivos modelos anteriores. Já o Carrera T ficou mais leve, recebeu ajustes dinâmicos e transmissão manual de seis marchas de série, mirando no público-alvo mais purista.
E ainda chega ao Brasil o novo GT3, que está sendo lançado simultaneamente em duas versões: como um esportivo voltado para as pistas, com asa traseira, e em uma versão mais discreta, com o pacote Touring. As variantes do GT3 podem ser ainda mais personalizadas de acordo com o gosto e o uso pretendido pelo cliente, através de outros pacotes especiais desenvolvidos pela fabricante.
Com motor boxer de 3.0 biturbo, o novo 911 Carrera de entrada utiliza o intercooler do 911 Turbo, que fica diretamente sob a grade da tampa traseira, bem como os turbocompressores da geração anterior do Carrera GTS. Essas modificações fizeram a potência subir para 394 cv (mais 9 cv), com torque de quase 46 mkgf, mantendo a tração traseira e o câmbio PDK de dupla embreagem e oito marchas.
O novo 911 Carrera Coupé vai de 0 a 100 km/h em 4,1 segundos e atinge velocidade máxima de 294 km/h. Em comparação com seu antecessor, isso representa uma melhoria de 0,1 segundo e 1 km/h, respectivamente.
O Carrera T (sigla para “Touring”, uma referência à homologação do 911 T como carro de turismo em 1968), usa o mesmo 3.0 biturbo dos Carrera Coupé e Cabriolet, com 394 cv e 45,8 mkgf. A grande diferença está na transmissão: sai a PDK, e entra uma caixa manual de seis velocidades, que joga a força para o eixo traseiro. Ao reduzir as marchas, uma função de aceleração intermediária pode ser selecionada para compensar automaticamente e de forma específica as diferenças de velocidade entre o motor e a caixa de câmbio. Isso substitui o punta-tacco.
Com o Pacote Sport Chrono padrão, o Carrera T Coupé acelera de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos (Cabriolet: 4,7 segundos). Sua velocidade máxima é de 295 km/h (Cabriolet: 293 km/h)
A linha GTS vem com o motor de seis cilindros contrapostos (Boxer) e 3.6 litros, que troca os dois turbocompressores anteriores pelo único turbo com assistência elétrica. O sistema de motorização também inclui um motor elétrico integrado ao câmbio PDK. Mesmo em marcha lenta, ele apoia o motor a combustão com quase 55 cv e mais de 15 mkgf de torque. No conjunto, ainda está uma bateria de alta tensão leve e compacta que armazena até 1,9 kWh de energia e trabalha em tensão de 400 Volts.
Mesmo sem assistência elétrica, o motor 3.6 boxer entrega 485 cv de potência e mais de 58 mkgf de torque. No total, são 541 cv e 62,2 mkgf combinados. O aumento de potência em relação ao seu antecessor é de 61 cv. O novo 911 Carrera GTS T-Hybrid também supera seu antecessor na aceleração de 0 a 100 km/h, agora realizada em 3 segundos. A velocidade máxima passou para 312 km/h.
O novo 911 GT3 é equipado com motor boxer aspirado 4.0, com 510 cv de potência e 45,8 mkgf de torque, com dois filtros de partículas e quatro catalisadores, além de exaustão por um sistema de escapamento especial. Nesse motor, as cabeças dos cilindros foram revisadas e os eixos de comando estão mais afiados, o que melhora as respostas nas faixas maiores de rotação. Além disso, ele dispõe de válvulas de aceleração individuais e novos resfriadores de óleo.
A transmissão pode ser PDK automatizada de dupla embreagem com sete marchas, ou então manual de seis velocidades. Os dois câmbios foram encurtados em 8% na relação final, porém o PDK mostra-se mais rápido na performance: 0 a 100 km/h em 3,4 segundos, contra 3,9 segundos do manual. A máxima é de 313 km/h e 311 km/h, respectivamente.
Os modelos ainda estreiam modificações nas suspensões (incluindo eixo traseiro esterçante de série no Carrera GTS e no Carrera T); além de novidades aerodinâmicas (novas tomadas de ar, spoilers e afins); e na lista de tecnologias de série, a exemplo dos faróis com facho matricial (Matrix) ou do painel de instrumentos digital curvo de 12,6”.
