21/12/2022 - 12:09
A indústria automotiva está no caminho da eletrificação, no entanto há quem busque outras soluções. A Toyota, por exemplo, mira no hidrogênio. Já a Porsche aposta no combustível sintético para salvar os motores a combustão. Nesta semana, a marca alemã iniciou, em parceria com empresa chilena Highly Innovative Fuels (HIF), a produção desta solução.
A planta em Punta Arenas (Chile) foi oficialmente inaugurada e, em comemoração, um Porsche 911 foi abastecido com o primeiro lote de combustível sintético produzido localmente.
O eFuel utiliza energia eólica para a sua produção, que ocorre a partir de água e dióxido de carbono, para permitir que os motores a gasolina funcionem praticamente sem emissões de CO2 .
O local, no sul do Chile, oferece condições ideais para a produção de eFuels. Por lá, as condições de vento são ideais na maior parte do ano para que as turbinas eólicas funcionem em plena capacidade.
Outra questão é logística. Punta Arenas também está próximo do Estreito de Magalhães e, a partir do porto de Cabo Negro, o eFuel pode ser transportado ao redor do mundo da mesma forma que os combustíveis convencionais e distribuído pela infraestrutura existente, diz a Porsche.
“O potencial dos eFuels é muito grande. Hoje existem mais de 1,3 bilhão de veículos a combustão em todo o mundo. Muitos deles estarão na estrada nas próximas décadas. Os eFuels oferecem uma perspectiva aos proprietários de veículos existentes. Como fabricante de motores eficientes e de alto desempenho, a Porsche possui amplo know-how na área de combustíveis”, explica Michael Steiner, membro do Conselho de Administração para Desenvolvimento e Pesquisa da Porsche AG, em comunicado à imprensa.
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Produção
Na fase piloto, está prevista a produção de cerca de 130.000 litros por ano de combustível sintético. Ele será inicialmente usado em projetos como o Porsche Supercup e nos Porsche Experience Centers.
Após essa fase piloto, o projeto no Chile deverá atingir cerca de 55 milhões de litros por ano, com a primeira escala até meados da década. Cerca de dois anos depois, a capacidade deve ser de 550 milhões de litros.
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