Após 15 semanas consecutivas de quedas, a média do preço do litro da gasolina comum no Brasil voltou a registrar alta. O valor, que era de R$ 4,79, passou para R$ 4,86 (aumento de 1,46%) na semana entre os dias 9 e 15 de outubro.

O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (17) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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Qual o motivo?

Segundo divulgado pela Agência Brasil, o fato ocorre após nova alta da gasolina na Refinaria de Maritape – a maior do Brasil a qual está sob controle do setor privado.

A Acelen, empresa responsável pela operação, divulgou no último sábado (15) um reajuste de 2%. Vale ressaltar que o valor foi corrigido sete dias antes em 9,7%.

As variações da Acelen, que seguem a tendência do mercado internacional, podem ser explicadas pela cotação do barril de petróleo tipo brent, que passou de US$ 82, em setembro, para mais de US$ 90 em outubro.

Tudo devido uma decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de efetuar um corte na produção.

Petrobras

Por outro lado, a Petrobras não apresenta reajustes há um mês. A companhia adota a Política de Preços de Paridade de Importação (PPI), a qual vincula os preços praticados por aqui com relação aos do mercado internacional.

No entanto, o preço médio da gasolina nas refinarias do Brasil registra uma defasagem de R$ 0,30 por litro (8%), segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), com dados divulgados nesta segunda (17).

Influência das eleições

Em matéria divulgada pelo G1, e assinada por Ana Flor e Andreia Sadi, no início de outubro, a campanha do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, fazia pressão para que a Petrobras praticasse cortes nos valores dos combustíveis.

Mas o que deve ocorrer é o oposto. A reportagem também afirmou que o grupo próximo de Bolsonaro recebeu alertas de que a companhia não poderia realizar novos cortes no momento e teria o risco de ter de anunciar reajustes.

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