O aumento do preço da gasolina pela Petrobras e a valorização do real, aliados à queda do preço do petróleo, reduziram a defasagem do combustível vendido nas refinarias da estatal em relação ao exterior para 9%, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

O diesel, porém, continua com uma diferença de preços de 11% em relação ao Golfo do México, região usada como parâmetro pelos importadores.

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Depois de abandonar a política de paridade de importação (PPI) em maio do ano passado, os reajustes da Petrobras passaram a ser pontuais, dependendo do mercado, e os movimentos estruturais são cada vez mais raros. Nesta terça-feira, 9, a estatal elevou a gasolina em R$ 0,20 o litro em todas as suas refinarias, após quase 270 dias de congelamento, uma alta de cerca de 7% em relação ao último reajuste, em outubro de 2023.

Com isso, a defasagem da gasolina, que há semanas chegava a dois dígitos nas refinarias da Petrobras, caiu para 9%, deixando ainda margem para uma elevação de R$ 0,31 por litro. Se levada em conta a Refinaria de Mataripe, na Bahia, controlada pela Acelen, que pratica reajustes semanais e tem 14% do mercado, a defasagem cai para 8%.

Já o diesel ainda registra defasagem de 11% nas refinarias da estatal, porcentual que cai para 9% se levada em conta a Refinaria de Mataripe. Em Mataripe, a defasagem da gasolina está em 2% e a do óleo diesel, em 1%.