Apesar do crescimento das vendas, a produção de veículos pela indústria automotiva registrou em outubro queda de 3,1% na produção frente ao mesmo mês do ano passado, com 199,8 mil unidades montadas na soma de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Na comparação com setembro, o recuo foi de 4,4%, conforme balanço divulgado na manhã desta quarta-feira, 8, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a entidade que representa as montadoras.

O resultado foi influenciado pela greve, no fim de outubro, nas fábricas paulistas da General Motors (GM) contra demissões anunciadas pela montadora.

Diante da manifestação dos operários, seguida pela determinação da Justiça do Trabalho de reintegração dos trabalhadores, a GM cancelou os desligamentos, porém a paralisação continua.

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Vendas

Na margem, ou seja, de um mês para o outro, as vendas de veículos subiram 10,2%, chegando a 217,8 mil unidades na soma de todas as categorias em outubro. Na comparação com outubro do ano passado, as vendas tiveram crescimento de 20,4%.

Agora, a produção de veículos acumula queda de 0,6% desde o início do ano, totalizando 1,95 milhão de unidades em dez meses, enquanto as vendas mostram alta de 9,7%, com 1,85 milhão de unidades no mesmo período.

Exportações

O balanço da Anfavea mostra ainda uma queda de 26,9% nas exportações de veículos no mês passado contra outubro de 2022. Frente a setembro, os embarques, de 31,3 mil veículos no mês passado, subiram 14%.

Desde o primeiro dia de 2023, as montadoras exportaram 354,2 mil veículos, amargando uma queda de 12,8% que é explicada, em grande parte, pela perda de mercado na Colômbia e no Chile, além da estagnação das vendas para a Argentina, tradicionalmente o principal destino no exterior da indústria automotiva.

Emprego

O emprego no setor, conforme a Anfavea, ficou estável em outubro, quando foram abertas 76 vagas de trabalho.

As montadoras terminaram o mês empregando 100,6 mil pessoas.