O programa para “carros populares” do governo federal foi oficialmente encerrado na sexta-feira, 7, pelo Vice-Presidente e ministro Geraldo Alckmin. Foram liberados R$ 800 milhões em créditos tributários para incentivar a indústria e baratear automóveis de até R$ 120 mil. Após um mês da medida fica a pergunta: ele conseguiu atingir o seu objetivo? Para Alckmin, o programa foi um sucesso.

“Salvou emprego, estimulou a atividade industrial, importantíssima e agregadora de valor, e ajudou os consumidores. No caso dos veículos pesados, o programa continua”

Vendas

Em termos de vendas, os números comprovam a positividade do governo. Somente no dia 30 de junho, foram emplacados 27 mil veículos, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Por meio do programa, foram comercializados 125 mil veículos.

Para Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, a medida apresentou resultados positivos no fim do mês.

“Tivemos um início do mês de forma bastante tímida, apontando para um dos piores meses de junho. Mas quando chegamos na última semana de junho, nós registramos o terceiro maior emplacamento diário da história do setor e o melhor dos últimos dez anos”

Os dados da associação apontam para um crescimento no licenciamento de automóveis novos de 11,4% ante maio (142 mil x 127,5 mil) e 6,2% na comparação com o mesmo mês do ano anterior – quando apresentou 133,8 mil unidades.

Estoque

Se em vendas o “carro popular” deixou o setor no azul, em termos de estoque ele serviu para atenuar os veículos acumulados das montadoras, o que provocou a paralisação de cinco fábricas em junho.

O setor, em maio, contava com 251,7 mil unidades (40 dias de estoque) e encerrou junho com 223,6 mil unidades (35 dias de estoque). Apesar disso, o estoque no último mês chegou a atingir 300 mil unidades.

“Durante o mês nós tivemos um problema bastante sério, mas com o aumento de vendas na última semana de junho, os estoques acabaram sofrendo uma redução importante”

Montadoras

O programa envolveu nove montadoras e 117 versões de automóveis. Veja abaixo as que mais solicitaram os créditos, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços:

Fiat Chrysler: R$ 250 milhões

Volkswagen: R$ 100 milhões

Renault: R$ 90 milhões

Hyundai: R$ 80 milhões

Peugeot-Citroën: R$ 60 milhões

General Motors: R$ 50 milhões