Adesivos, aerofólio e saias laterais são acessórios, e não de série. Mas ele é bom em equipamentos de fábrica: ar digital, retrovisor antiofuscante…

“Em time que está ganhando não se mexe.” Talvez esse ditado popular explique a estratégia de vendas da Chevrolet para seu hatch médio, o Astra. Desde 1998 com o mesmo projeto, o modelo até agora só teve pequenas mudanças de design e algumas pequenas evoluções mecânicas, mas não mudou efetivamente. Mesmo assim, há dez anos figura entre os mais vendidos do segmento. No ranking da Fenabrave, é líder, seguido de Fiat Punto – que, mesmo sendo menor, é considerado pela instituição um hatch médio – e Golf. A explicação para tamanho sucesso – sem, é claro, tirar mérito das qualidades existentes no carro – pode estar atrelada à sua oferta, a mais atraente do segmento.

O modelo 2010 será oferecido em uma única versão. Por R$ 44.611, ele agora traz de série itens antes disponíveis apenas na versão mais completa (a Elegance, que custava cerca de R$ 54 mil), como ar-condicionado digital automático, regulagem de altura dos faróis, retrovisor interno eletrocrômico (antiofuscante), apoio de braço central nos bancos traseiros e rodas aro 16, as mesmas da antiga versão esportiva, a SS.

Para se ter uma ideia, o Punto, com porte menor, na versão top, a HLX, custa R$ 46.574 e, além de ter motor mais fraco, não oferece rodas aro 16 nem ar digital. Mesmo com o lançamento de uma nova geração previsto para o segundo semestre de 2011 (leia reportagem nesta edição), o Astra atualmente continua sendo uma das melhores opções de compra em sua categoria. Apesar de seu design desatualizado e do projeto e motor antigos, ainda assim é um ótimo negócio, com uma boa relação custo-benefício.