Dona de um amplo portfólio de marcas, incluindo Fiat, Peugeot, Chrysler e Jeep, a empresa afirmou que as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, lhe custaram 300 milhões de euros até o momento, levando à redução no envio de veículos e cortes na produção para ajustar os níveis de fabricação.

O prejuízo da Stellantis, em comparação com um lucro líquido de 5,6 bilhões de euros no ano anterior, ressalta os desafios enfrentados pelo novo presidente-executivo, Antonio Filosa, nomeado em maio após o desempenho desastroso da empresa no crucial mercado norte-americano em 2024, que resultou na saída do ex-CEO Carlos Tavares.

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Filosa prometeu nesta segunda-feira que 2025 será “um ano de melhoria gradual e sustentável” para a montadora após um “primeiro semestre difícil, com crescentes ventos contrários externos”.

“Apesar das dificuldades, também foram seis meses de progresso significativo em comparação com o segundo semestre de 2024”, disse ele em carta aos funcionários vista pela Reuters.

As vendas da Stellantis na América do Norte caíram 25% no segundo trimestre em relação ao ano anterior, segundo o comunicado desta segunda-feira, indicando que a montadora ainda tem um longo caminho pela frente.

A Stellantis também disse que estava observando uma demanda fraca na Europa, especialmente para vans.

A receita do primeiro semestre do grupo somou R$ 74,3 bilhões, abaixo dos R$ 85 bilhões no primeiro semestre de 2024, mas acima do segundo semestre de 2024, quando a receita totalizou R$ 71,8 bilhões.

A Stellantis divulgará seus resultados finais do primeiro semestre em 29 de julho.