20/08/2025 - 7:00
A GWM inaugurou sua fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo, na sexta-feira, 15. De lá inicialmente sairão três modelos: os SUVs Haval H6 e H9, além da picape Poer.
GWM Haval H6
A linha completa do Haval H6 será montada na planta. Hoje, o SUV inclui as configurações HEV (híbrida convencional), PHEV19 (híbrida plug-in com baterias de 19 kWh), PHEV34 (híbrida plug-in com baterias de 34 kWh), além do SUV coupê esportivo GT.
A engenharia brasileira da GWM diz trabalhar no desenvolvimento da versão flex dos Haval, prevista para o próximo ano.

Poer e H9
Do local também estão previstos a caminhonete média Poer P30 e o novo integrante da linha Haval, o H9, um SUV de sete lugares.
Ambos virão com motorização turbodiesel, que inclui um 2.4 de quatro cilindros em linha, acoplado a um câmbio automático de nove marchas.

Segundo a chinesa, essa transmissão é de desenvolvimento próprio. O conjunto, que inclui tração 4×4 com reduzida, rende 184 cv de potência com cerca de 49 mkgf de torque, ao menos nas especificações de outros mercados. A marca, porém, não confirma esses números para o Brasil.

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Produção da GWM
A produção inicial ocorrerá no modelo que eles chamam de “peça por peça”, com componentes vindos da China e alguns periféricos nacionais, como pneus, bateria, entre outros. Trata-se de um processo mais complexo que o SKD e o CKD tradicional (com peças semidesmontadas ou completamente desmontadas). A meta é atingir 60% de nacionalização em 2026.
“Gradualmente, nós vamos substituir a importação pela produção local. Nós estamos começando uma fase de localização. Mais de 60 itens locais, os mais fundamentais, como pintura e vedação”, diz Marcio Alfonso, diretor de operação.

A GWM Brasil tem mais de 110 empresas cadastradas interessadas em fornecer componentes, das quais 18 já são fornecedores que estão participando da produção e desenvolvimento dos primeiros veículos, caso de empresas como: Basf, Bosch, Continental, Dupont e Goodyear.
“No futuro, queremos montar motor, bateria, inversores, módulos. Tudo que a gente produz, estamos abrindo para fornecedores locais participarem com a gente.”

O futuro da GWM no Brasil
A planta, que era da Mercedes-Benz, e agora é da montadora chinesa, se tornou a primeira unidade produtiva da GWM nas Américas e no hemisfério Sul, e a terceira fora da China com base completa de produção – as outras estão localizadas na Rússia e na Tailândia.
A fábrica engloba o investimento de R$ 10 bilhões, sendo R$ 4 bilhões aplicados até ano que vem, e R$ 6 bilhões de 2027 a 2032. O local deve atingir uma produção de 30 mil unidades por ano até o final de 2026, com capacidade para alcançar 50 mil unidades anuais nos próximos anos.

A estrutura possui área de soldagem, linha de pintura, linha de montagem, sistemas de fornecimento de energia e equipamentos, além de uma cadeia de suprimentos e logística integrada. São 1,2 milhão de m² de área total e 94 mil m² de área construída.

Atualmente, ao todo, são 600 trabalhadores. Até o final do ano, serão cerca de 1.000 empregos diretos gerados. Quando iniciar o processo de exportação de veículos para a América Latina, serão mais de 2.000 vagas geradas.
“Hoje, foi o início da nossa montagem de série. Ela vai começar bem devagarzinho, de forma repetitiva e vamos ficar até 5 de setembro nesse ritmo. Em outubro, começamos a recrutar para o segundo turno. Depois, queremos atingir até 2.400 carros até dezembro”, afirmou Alfonso, na data da inauguração.
