A Nissan celebra uma década de Brasil e da produção da Frontier em São José dos Pinhais (PR) com a série especial “10 anos”, mostrada no último Salão do Automóvel de São Paulo. Disponível nas versões SV Attack (4×2 e 4×4) e topo SL 4×4 Automática (R$ 124.990), a série tem visual diferenciado como novos para-choque dianteiro, faróis de neblina, grade e rodas. Já as lanternas com máscara negra são itens exclusivos da versão SV.

A mecânica é a mesma e o motor turbodiesel ainda é um destaque, mas a transmissão automática inibe um pouco o desempenho. Entre as concorrentes é quem oferece menos tecnologia. Duplo airbag e freios ABS com EBD são de série desde a versão de entrada e a topo SL (avaliada) traz ainda o controle eletrônico de estabilidade. Pode parecer bom, mas as rivais oferecem mais: a Ranger, por exemplo, tem seis bolsas de ar.

As suspensões rígidas privilegiam o fora de estrada e comprometem o conforto no asfalto. O pula-pula é inevitável. Por dentro, traz detalhes cromados e a direção, o painel de instrumentos e o console central redesenhados. Além disso, há bancos de couro (sem regulagem elétrica) com o logotipo Frontier estampado, ar-condicionado de duas zonas, partida sem chave e computador de bordo. O volante não tem regulagem de profundidade. Apesar do bom espaço para as pernas, quem viaja atrás sofre com o encosto vertical. Não há os sensores de estacionamento, mas a câmera de ré ajuda nas balizas e projeta as imagens na tela do sistema de som multimídia. A escolha da tração (4×2, 4×4 ou 4×4 com reduzida) pode ser feita até os 80 km/h.

Para quem está, ao menos na teoria, interessado na caçamba da picape média, é bom lembrar que a Frontier tem a menor capacidade de carga útil comparada à Chevrolet S10, Amarok e Mitsubishi L200 Triton HPE. Ganha apenas de Ford Ranger e Toyota Hilux – todas em suas con gurações de topo. A Nissan precisa dar uma sacudida em sua picape para mantê-la competitiva, mesmo custando menos que as rivais.