POLO BLUEMOTION R$ 46.270

Enquanto ainda não temos híbridos e os carros a hidrogênio ou totalmente elétricos estão distantes de serem viáveis técnica e economicamente, outras alternativas podem ajudar a reduzir o consumo de combustível: desde mudanças no motor até alterações aerodinâmicas, passando pelos e pelas relações de marchas.

O ideal é combinar todas elas, mas não é este o caso deste novo Polo Bluemotion. O motor não mudou.

O resultado foi positivo, mas um motor mais moderno adicionaria mais ao pacote.

Não se trata apenas de economizar no bolso, não que isso não seja uma vantagem. A preocupação ambiental – tanto em relação ao aquecimento global quanto à saúde pública – já é grande na Europa e nos EUA, e agora chega ao Brasil com este Polo, que mira o consumidor consciente. Nada incrível, mas é um ponto de partida.

Para caracterizar a versão, o modelo é vendido em uma única cor e tem bancos azuis. A grade dianteira diferenciada também cumpre esse papel – mas não está lá só para isso. A nova grade faz parte das mudanças aerodinâmicas que reduziram o coeficiente aerodinâmico (Cx) do carro. Quanto menor o número, menos energia o carro gasta para “furar o ar” e, consequentemente, menos consome.

A nova grade e os spoilers nos parachoques e aerofólio traseiro – além da altura do solo, que diminuiu com a nova suspensão rebaixada em 15 mm – reduziram seu Cx de 0,34 para 0,31. Com isso, reduziu- se o consumo em 2%.

Os outros 3,9% da diminuição do consumo vieram da redução na transmissão (no diferencial e em todas as marchas, chegando a 21,6 de redução na relação total da quinta marcha). Além da economia, a 120 km/h o motor gira perto das 2.500 rpm, contra cerca de 3.200 rpm na versão normal. Resultado: mais silêncio na cabine, maior conforto. Claro que se perdeu eficiência nas retomadas, mas é parte do sacrifício pelo consumo.

No alto, o equipamento de medição da engenharia, utilizado no teste de apresentação à imprensa. Acima, o pneu de composto diferenciado e a roda com liga especial, que ajudam na economia

A nova direção eletro-hidráulica e os pneus e rodas de liga especial reduziram o peso em 26 kg, proporcionando mais 1% de economia.

Além disso, este sistema eletrohidráulico soma mais 2,2% de economia e os pneus especiais, mais finos e com sílica, causaram uma redução de mais 3,8% no consumo.

Somando tudo isso, o resultado é um consumo combinado 12,9% menor com gasolina e 12,4% mais baixo com álcool. Na estrada, por causa das relações de marcha, a vantagem é maior. Leia na ficha técnica os dados de consumo oficiais e, abaixo dela, os obtidos em nosso teste, na apresentação do carro.

O Bluemotion básico começa a ser vendido por R$ 46.270, cerca de R$ 2.700 a mais que o Polo 1.6 com a mesma cor e itens de série – mas sem o ar digital e com rodas de ferro. Resta ao mercado dizer se a “consciência ecológica” do brasileiro já despertou

 

 

 

Para diferenciar o Bluemotion, a Volkswagen optou por oferecer a versão apenas na cor prata com acabamento cinza e azul. Com todas as mudanças, o carro ficou menos de R$ 3 mil mais caro