Em 2015, o Duster foi o segundo modelo “de entrada” mais vendido da Renault. Derivado do Logan – e como ele nascido como parte da linha da Dacia, marca de baixo custo –, o modelo conquistou a Europa e o mundo (Dacia lá, Renault aqui). No ano que vem, sua nova geração nasce sob muita expectativa: esse novo Duster causará um conflito de gerações. O modelo ficará mais refinado esteticamente, maior e talvez até ganhe uma versão de sete lugares (5+2). Além disso, será feito em uma nova plataforma, mais moderna.

Isso não quer dizer que vá virar premium. Pretende se manter fiel à proposta “alternativa”, acessível e livre de frescuras. Se por um lado é inevitável que mesmo a linha Dacia seja beneficiada pelo desenvolvimento dos demais produtos, por outro se há um modelo Dacia que pode fazer incursões no mundo das marcas “burguesas” é o Duster. Sem trair sua vocação, a próxima geração terá caixas de roda ainda marcadas (uma assinatura do modelo), mas com superfícies mais limpas e melhor conectadas à carroceria – que deve crescer alguns poucos centímetros no comprimento em relação aos 4,32 m atuais (a versão com sete lugares terá quase 4,5 metros).

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Algumas das dicas de design – que usamos para fazer essas ilustrações exclusivas – vieram do conceito Duster Oroch, que deu origem à picape vendida hoje aqui. Razoável esperar sua influências na próxima geração do crossover. Mas as mudanças mais substanciais serão mesmo construtivas. Até hoje a família Logan usava componentes das prateleiras mais empoeiradas da Renault. Agora, essa gama se beneficiará da nova plataforma modular da aliança Renault-Nissan.

O primeiro modelo com essa novíssima plataforma chamada CMF-A é o Renault Kwid, crossover pequeno para mercados emergentes (que está chegando ao Brasil em breve). Esse novo Duster, no entanto, nascerá da derivação maior, a CMF-B (em uma versão simplificada). Motores e transmissões devem ser os mesmos, embora um 1.2 turbo de 125 cv ainda esteja em estudo para o Brasil.