01/07/2009 - 0:00
Ao contrário do que a imprensa noticiou, o Chevrolet Classic não sairá de linha. Informaram erroneamente que a vesão 1.0 do Prisma substituiria o Classic, tirando o pequeno quatro portas de linha.
No México, a reestilizacão do modelo, com a nova frente seguindo o design mundial da marca, ficou desproporcional e exagerada
A GM não tem a intenção de substituí-lo, nem teria como fazê-lo. Um carro novo custaria mais e prejudicaria as vendas em um segmento no qual valor é muito importante. O Prisma 1.0 veio, na realidade, para ocupar a vaga deixada pelo Corsa Sedan 1.0, que deixou de ser produzido em 2008.
O Classic, sedã mais vendido do mercado nacional atualmente, vai continuar em produção e no próximo ano passará por reestilizações externas e internas que o tornarão mais atual já a partir de 2010, como modelo 2011. Essas reformulações fazem parte da reestruturação total que mudará a cara de todos os Chevrolet até 2011. Como a marca já anunciou oficialmente o lançamento da versão 2010, agora em maio, o novo modelo ficou para o próximo ano, talvez ainda para o final do primeiro semestre.
À esquerda, um detalhe dos novos conjuntos óticos e grade dianteira. Acima, o Classic 2010, último com o desenho atual
Ainda produzido em grande escala para os mercados emergentes, o modelo já foi reestilizado no México e na China, e apenas no Brasil ainda mantém suas linhas originais de 1995, com frente semelhante à do antigo Corsa Wind, lançado aqui em 1994.
O sedã mais vendido do mercado nacional será totalmente reformulado no ano que vem. O novo design será igual ao do modelo que já é fabricado na China e importado pelo Chile
Agora, a Chevrolet resolveu investir no carrinho, que, mesmo antigo, andou beliscando a posição de terceiro carro mais vendido no mercado nacional no início deste ano. Segundo o que nos disseram alguns informantes, a marca resolveu adotar aqui as linhas utilizadas pelo modelo chinês em vez do design do sedãzinho mexicano. Uma decisão acertada, uma vez que a versão chinesa é mais bem-resolvida do que a mexicana, na qual a tentativa de utilizar o face-lift mundial da marca deixou a frente desproporcional e exagerada para o porte delicado da dianteira.
A traseira lembra o Civic fabricado até 2001. Na China, ele se chama Sail, mas aqui manterá o nome já consagrado: Classic
Ao contrário, o modelo chinês foi mais feliz em seu objetivo de modernizar as linhas do sedã popular, partindo dos contornos originais do modelo 95, que foram atualizados com formas mais suaves, atuais e atraentes na comparação com o Classic atual. Ele receberá novas forrações para bancos e painéis de porta, painel de instrumentos reformulado e volante com novo desenho. O novo Classic vai manter as características básicas que fizeram do carrinho um sucesso desde seu lançamento. Com o design de hoje, apesar de antigo, o Classic continuou mantendo suas vendas em alta nos últimos 13 anos.
Ao que tudo indica, o grande segredo do carrinho é conciliar, com competência, baixo preço, boa resistência mecânica, baixo custo de manutenção, razoável espaço interno, bom volume de porta-malas (390 litros) e fácil revenda.
O modelo 2010, último ainda com as linhas antigas, não tem nenhuma alteração de design com relação à versão 2009. Houve apenas uma unificação de pacotes de equipamentos de série para, segundo a montadora, atender aos interesses de 90% dos consumidores do Classic. Na mecânica, com receita tradicional e conhecida pelos mecânicos, freios dianteiros a disco e amortecedores pressurizados se somam à providencial e única alteração do modelo 2010: a estreia do novo motor 1.0 VHCE Flexpower que rende 78 cv com álcool (torque de 9,7 kgfm) e 77 cv com gasolina (torque de 9,5 kgfm). Hoje o preço sugerido para o Classic está ao redor dos R$ 25 mil (no mercado o carro pode ser encontrado por um preço inferior ao sugerido pela marca), que já vem com um pacote fixo composto por preparação para som, para-choque na cor do veículo, ajuste de altura dos cintos dianteiros, imobilizador, calotas integrais, retrovisores com controle interno, conta-giros, temporizador do limpador e desembaçador do vidro traseiro. Pelas informações que levantamos, o novo modelo 2011 deverá ter um preço bem próximo ao do modelo atual, tornando claro seu posicionamento no mercado nacional: um sedã de entrada que briga diretamente com o Siena Fire – ambos mais baratos que o Prisma 1.0, esse sim, um competidor para brigar com Voyage, Fiesta Sedan, Siena EL e Logan, todos 1.0.
Embora as linhas gerais do painel continuem semelhantes, o novo Classic terá um volante com desenho mais agradável (à esquerda) que o atual (acima). O interior claro não tem boa aceitação aqui. O câmbio automático não será oferecido
Acima, detalhe dos comandos do ar-condicionado, com acabamento que imita aço escovado. Abaixo, vê-se que a mudança não é radical, mas dá uma renovada no sedã