Notou que nos lançamentos de carros mais recentes os preços para o Estado de São Paulo são maiores do que aqueles praticados em outros estados? Mas não é reflexo de uma estratégia de posicionamento de produto diferenciada. A explicação para isso é muito mais simples.

Isso tem a ver com a elevação da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para carros zero km em São Paulo, que até o final de 2020 era de 12%. Em 15 de janeiro, ela foi elevada para 13,3% e passou a 14,5% em 1º de abril.

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Com isso, um veículo zero km vendido por R$ 100 mil em São Paulo paga R$ 14.500 só em ICMS. Os reajustes foram justificados pelo governo estadual como uma medida necessária para reequilibrar as contas públicas, afetadas por conta da elevação de gastos e da queda da arrecadação provocada pela pandemia da covid-19.

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O reflexo disso pode ser visto em carros como o recém-apresentado Jeep Compass 2022. A versão de entrada Sport T270 Turbo Flex AT6 sai por R$ 139.990. Preço que sobe para R$ 144.647 em São Paulo. Já a topo de linha Trailhawk TD350 Turbo Diesel 4×4 AT9, de R$ 216.990, é oferecida nas concessionárias paulistas por R$ 224.304.

Outro exemplo é o do Chevrolet Spin 2022. Na versão de entrada LS MT6, o monovolume sai por R$ 84.370, enquanto a topo de linha Activ7 AT6 vai a R$ 110.270. Em São Paulo, os preços de referência sobem para R$ 86.120 e R$ 112.570, respectivamente.

Essa mesma diferença de preços pode ser notada também em carros que já estão disponíveis há alguns anos no mercado, como é o caso do Fiat Mobi. Em Belo Horizonte (MG), a versão de entrada Easy tem preço de tabela de R$ 42.990. Já na capital paulista, o valor inicial do subcompacto parte de R$ 44.371.

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