Depois da bem-sucedida estreia do DS3 no Brasil, a Citroën exibe mais dois integrantes de sua família premium. O DS4, apesar de herdar muito do C4 convencional que lhe serve de base, é um carro com personalidade própria, da carroceria – misto de crossover e hatch – à tocada, passando pelo acabamento.

O interior é acolhedor, não apenas pelo couro macio, mas principalmente pelos bancos com abas largas. A posição de dirigir é alta, com boa visibilidade graças ao para-brisa panorâmico com quebra-sol corrediço (como no C3); e os instrumentos são dispostos racionalmente, mas é mais fácil visualizá-los à noite; e a iluminação personalizada se destaca.

Com 4,27 m de comprimento, tem espaço adequado para quatro pessoas, mas, caso os ocupantes da frente sejam altos, os de trás vão apertados. Lamentável ainda a opção pelos vidros laterais traseiros fixos que deixam o interior um tanto claustrofóbico.

O DS4 avaliado na Europa tinha o motor diesel de 160 cv, mas, aqui ele terá o conjunto do DS3: motor 1.6 turbo de 165 cv. Mesmo se tratando de um modelo maior, a e_ ciente unidade deve dar uma tocada interessante também a ele, principalmente considerando que sua suspensão é mais firme e os pneus são mais baixos que os de um C4 convencional. Como resultado, o carro rola menos nas curvas e é mais equilibrado. Ainda sem preço definido, deverá custar cerca de R$ 90 mil.

 

O Terceiro elemento

Juntamente com o DS4, o brasileiro conhecerá o DS5, derivado do sedã C5. Ele segue o estilo do resto da família, mas tem uma característica de design que o diferencia: uma moldura cromada do capô, que se inicia no farol e se estende até a janela dianteira. O detalhe dá um ar de exclusividade e elegância ao modelo, que lembra uma station.

Por dento, luxo e muito espaço, tanto na frente quanto atrás. Apesar de você não ter, de imediato, a sensação de amplitude comum nos carros da marca, a habitabilidade é excelente. O motorista irá precisar de um tempo para se acostumar com a disposição dos instrumentos e a única nota crítica internamente vai para a falta de porta-objetos no túnel central.

Dinamicamente, o DS5 se diferencia dos irmãos por ser mais voltado para o conforto. É o tipo de carro com o qual se deseja fazer longas viagens: silencioso, bem isolado, bom de curva e macio ao transpor obstáculos. No Brasil, terá o mesmo 1.6 turbo com câmbio automático de seis marchas. Mas, devido ao seu porte, a receita pode não funcionar tão bem.