Lançado simultaneamente no Brasil e nos EUA, o novo Fusion segue a estratégia da Ford de modelos globais. A transformação foi tão grande, que, se não o avisarem, você nem vai pensar que está em um Fusion. Além de mais bonito, ele está maior, principalmente no entre-eixos, onde 12 centímetros adicionais deram um considerável incremento no já ótimo espaço interno.

O interior, embora ainda tenha características familiares – como o som, a localização dos comandos e a posição de dirigir –, tem painel com telas emprestadas do Fusion Hybrid da geração anterior. As inúmeras opções de ajustes acabam deixando tudo um tanto confuso, mas é só questão de tempo para acostumar e aproveitar toda a tecnologia.

Alguns desses itens, a geração anterior já tinha, outros são novos. Além dos alertas de fadiga do motorista, de tráfego cruzado, do monitor de ponto cego e do piloto automático adaptativo, ele ainda tem um sistema que ajuda a estacionar, outro que alerta sobre o risco de colisão – e pré-ativa os freios – e um que monitora as faixas de trânsito e alerta o motorista – além de interferir sutilmente na direção, para corrigir a trajetória, gerando uma leve resistência contra o giro do volante.

O Fusion de entrada, que chega em março, tem o velho Duratech 2.5 feito no México. As demais versões têm o EcoBoost 2.0, que substitui o 3.0 V6 anterior (que tinha 243 cv e 30,8 kgfm de torque). O novo motor, fabricado na Espanha, é mais forte – e bem mais econômico. Com turbo e injeção direta, gera 240 cv e disponibiliza mais de 35 kgfm já a 3.000 rpm. Na estrada, garante respostas progressivas, pouco ruído e muita economia. É fácil passar dos 13 km/l. O câmbio automático tradicional não é rápido, e ainda há um turbo lag considerável. Mas, para a proposta familiar, o conjunto é suficiente.

O novo Fusion chega em dezembro na versão AWD, de R$112.990. Um equivalente hoje sai por R$ 107.360. O lote inicial será só de 400 unidades. As outras configurações chegam em março e o híbrido (que também pode ser visto no salão), em abril.

 

Focus na onde Global

Enfrentar Hyundai i30, Peugeot 308 e Chevrolet Cruze Sport6, entre outros modelos atualizados com os mercados europeu e/ou americano, é bem mais difícil do que encarar modelos como o desatualizado Golf brasileiro. A Ford sabe disso, e, na onda dos hatches globais, não vai marcar bobeira com o Focus, que hoje disputa a liderança do segmento. A nova geração deve chegar igualzinha à vendida no resto do mundo no ano que vem, como seu principal rival, o novo i30. Mais um passo da marca para a meta de ter 100% de sua linha formada por modelos globais.

O lançamento do modelo aqui é segredo guardado a sete chaves, e sua presença no salão não havia sido confirmada até o fechamento desta edição. Mas nossas fontes garantem que o modelo estará, sim, no estande – nas versões hatch, sedã e até perua. As duas primeiras serão vendidas, enquanto a terceira deve vir apenas para testar a reação do consumidor, já que, como a moda dos SUVs, o segmento de station hoje é o patinho feio do mercado. Deve receber o motor Sigma 1.6 e o 2.0 atuais, mas também pode haver versões com o EcoBoost 1.6 (150 ou 182 cv). No exterior, há versões 1.0 EcoBoost (100 ou 125 cv). Curiosidade: no primeiro semestre, o  Focus foi o modelo mais vendido do mundo, superando Corolla.