Se você aprecia raridades, precisa visitar o estande da Porsche e ver de perto o 911 Turbo S “Edition 918 Spyder”. A série especial, limitada a 918 unidades, custa cerca de R$ 300 mil (na Europa), mas, para colocar um exemplar do modelo na garagem, você precisa ter muito mais dinheiro em caixa. É que o carro só pode ser adquirido pelos consumidores que comprarem o híbrido 918 Spyder por algo em torno de R$ 1,7 milhão (sem os impostos de importação ao Brasil). Para nossa alegria, um brasileiro assinou o cheque milionário e – embora ainda esteja aguardando seu híbrido – já recebeu a série especial. Foi justamente ela que acabou aterrissando no Anhembi.

Baseado em um 911 Turbo S, o carro será fabricado nas versões coupé e cabriolet, com o mesmo nível de equipamentos do modelo de série. O design interno e externo recebeu influência do híbrido, como nas costuras dos bancos, ponteiros de instrumentos e pinça dos freios em verde fluorescente. Na tampa do porta-luvas, uma inscrição com o número da unidade do 918 Spyder correspondente adquirido por aquele cliente. Exclusividade pura!

O motor é um seis cilindros em linha com 3,8 litros que rende 530 cv de potência entre 6.250 e 6.750 rpm. O torque máximo é de consideráveis 53 kgfm e a prova de zero a 100 km/h é vencida em 3,1 segundos. Já a velocidade máxima é de 300 km/h.

No final das contas, essa série especial acaba sendo uma espécie de “distração” para os donos do 918 Spyder – que ainda terão que esperar cerca de um ano para acelerar seu superesportivo híbrido de 770 cv. Uma boa forma de passar o tempo, não?

 

Um legítimo 911

Entre os modelos de série da Porsche, que este ano ocupa o espaço deixado vago pela Ferrari, nos fundos do pavilhão, a principal novidade é o novo 911 Carrera 4S, nas versões cupê e conversível. O esportivo, que acaba de ser apresentado no Salão de Paris, ganhou uma tração integral mais moderna. O chassi pode ser regulado de acordo com a performance exigida por meio do sistema Porsche Dynamic Chassis Control e a carroceria ficou mais leve com a adoção de mais alumínio, que, aplicado em locais estrategicamente escolhidos, garante rigidez com baixo peso.

O carro manteve o mesmo motor boxer 3.8 de 400 cv a 7.400 rpm, que trabalha em conjunto com uma transmissão manual de sete marchas ou com a automatizada de dupla embreagem PDK, também de sete velocidades. A aceleração de zero a 100 km/h leva 4,5 segundos (4s3 com o PDK). O carro chega a 299 km/h, gastando menos gasolina que a geração anterior. Seu consumo cidade/ estrada fica em 10 km/l na versão manual – e a PDK é ainda mais econômica, com média de 10,9 km/l. Já a tocada é típica: dócil na cidade e brutal quando assim se exige. Um legítimo 911!