25/11/2025 - 7:00
A RX, empresa responsável pela organização do Salão do Automóvel de São Paulo, divulgou nesta segunda-feira (24) que o evento recebeu mais de 85 mil visitantes no primeiro fim de semana de abertura, nos dias 22 e 23.
A 31ª edição do Salão do Automóvel de São Paulo frustrou pela ausência de empresas importantes, como Volkswagen, Ford, GM, BMW, Audi e Mercedes, entre outras; mas também surpreendeu pela quantidade de estreias de relevância, além da consagração das chinesas e o surgimento de seus desdobramentos no segmento de luxo, como Denza e Avatr.
Aliás, nunca as chinesas tiveram tanta presença, ainda mais com carros confortáveis, equipados e acessíveis. Visitar estandes como os da Geely, da Leapmotor ou da GMW nos revela não apenas uma das fundamentais peças da mobilidade do futuro, como nos indica um possível caminho para a reindustrialização e modernização do parque fabril automotivo nacional.
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Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo está de volta. E desta vez, onze anos depois, no Distrito Anhembi, na zona norte da cidade.
“Trabalhamos muito para proporcionar ao público dias de visitação mais confortáveis, evitando aglomerações para, assim, preservar a qualidade da interação com os veículos, além das diversas experiências disponíveis”, explica Mayra Nardi, diretora de portfólio da RX.
“O público estava com saudade do Salão e acreditou, junto com a gente, que esse retorno seria histórico e foi. Vimos as pessoas se divertindo, descobrindo novidades, reencontrando ícones do passado e vivendo de perto tudo o que a nossa indústria tem de melhor. Os expositores também estão satisfeitos, animados e confiantes com a força desse retorno. O Salão voltou para ficar”, comemora e promete Igor Calvet, presidente da Anfavea, a associação das fabricantes e principal articuladora política do retorno do evento.
A expectativa da organização é que os dias de semana sejam mais tranquilos, principalmente de segunda a quarta-feira. Ainda de acordo com a RX, o próximo sábado deve ser o dia mais cheio e corre o risco de ter ingressos esgotados.
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Chinesas
Nunca as chinesas tiveram tanta presença, ainda mais com carros confortáveis, equipados e acessíveis, embora um tanto quanto genéricos. Visitar estandes como o da Denza, Avtr e GMW nos revela peça inegável e irreversível da mobilidade do futuro: o carro elétrico chinês. E o que nos interessa nele ou não.
Trio da Renault
Quem quiser conhecer a futura identidade visual da Renault basta se pôr à frente do recém-lançado Boreal, do Koleos (previsto para o primeiro semestre do ano que vem), ou da Niagara, a picape ainda em formato conceitual.
Esportivos
Já se sabia que a Honda teria o novo WR-V, que chega no limbo entre desbancar os subcompactos em suas versões topo de linha e enfrentar os compactos de entrada, como T-Cross Sense. Mas foi emocionante ver uma marca retomar um produto tão icônico para o entusiasta. No caso, o cupê Prelude, que chegará com conjunto híbrido de cerca de 200 cv. E o Abarth 600e Scorpionissima com seus 280 cv também.
Mas nada, claro, se compara a ver lado a lado uma Ferrari F40 e um Jaguar XJ220, ambos expostos no estande do Carde, talvez o mais original do evento.
“Corner” Stellantis
Com seis marcas no evento, a Stellantis confirmou seu pressuposto protagonismo. Na Jeep, o Avenger, com produção local já confirmada; quarta geração do Cherokee, provável próximo lançamento da marca no Brasil; e Recon, um SUV elétrico de insanos 650 cv.
Na Fiat, o conceito Dolce Camper indica o futuro visual da marca, enquanto a Ram introduz a Dakota, sua primeira picape média, desenvolvida a partir da Fiat Titano.
Esqueça aquele C3 da tal Tardezinha: para entender o que significa a Citroën, é preciso dedicação às linhas (externas e internas) do C5 Aircross, modelo que delimita uma nova fase da marca no segmento C-SUV. Ainda mais ostentando a deslumbrante cor Verde Hulk.
A Peugeot apelou para a nostalgia para lançar o E-208 GTi, que pretende manter o legado do clássico dos “hot hatches” dos anos 1980 205 GTI e, mais tarde, na virada dos anos 2000, o 206 GTi.
E do estande da Leapmotor sairá o primeiro produto nacional, que a Stellantis confirmou que montará no Polo Industrial de Goiana (PE), ainda sem data de início definida.
Carde
Jamais nos seus 65 anos o Salão do Automóvel de São Paulo deu tanto destaque para os clássicos, geralmente relegados aos espaços menos nobres do evento.
No meio do pavilhão do Salão do Automóvel, no meio do tiroteio entre as que já tinham ocupado o terreno (tradicionais) e as que agora querem um pedaço dele (chinesas), está o cenográfico espaço do Museu Carde. Pela raridade, Ferrari F40 e Jaguar XJ220 merecem mais tempos de contemplação.
Mas é bom lembrar que a Kombi Turismo que está lá trata-se do mesmo exemplar que a Volkswagen exibiu na primeira edição da mostra, em 1960. Isso sem falar no primeiro protótipo do Hofstetter, um os fora-de-série mais simbólicos da banda alternativa da indústria brasileira.
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