O presidente da Anfavea, Ivor Cavelt, afirmou na última terça-feira (25) que o Salão Internacional de São Paulo estará de volta em 2027.

“Isso é um evento da Anfavea e da RX. Quando nós decidimos fazê-lo, nossa primeira preocupação era como seria a reação do público ao retorno do salão. Com mais de 120 mil visitantes nos três primeiros dias, nos demonstrou que tinha sentido para o público brasileiro. E que não tem necessariamente a ver com uma marca que está aqui, ou aquela marca que não veio”, avalia a liderança da associação dos fabricantes de veículos.

De acordo com o executivo, o retorno de todas as marcas participantes foi positivo. Elas disseram que o evento está sendo proveitoso. Ainda assim, ele garante que não dependerá das empresas do setor para viabilizar a edição de 2027.

“O que estou dando a elas é previsibilidade. O evento ocorrerá. O de 2025 foi um sucesso e o de 2027 será também. Daí é um planejamento que as marcas têm que fazer. A organização vai acontecer. Não vou enquanto Anfavea deixar para os últimos seis meses decidir se o Salão vai acontecer. Não faz sentido. Por isso, já estou avisando que o evento acontecerá”, prometeu Calvet.

Depois de sete anos

Após um hiato de sete anos, o Salão do Automóvel de São Paulo está de volta. E desta vez, onze anos depois, no Distrito Anhembi, na zona norte da cidade. E acaba, inclusive, de entrar para o Calendário de Eventos Estratégicos da Cidade, ao lado de espetáculos como o GP de Fórmula 1, a Virada C

A 31ª edição do Salão do Automóvel de São Paulo – que segue até o próximo domingo (30) – surpreendeu pela quantidade de estreias de relevância.

As chinesas alcançaram inédito protagonismo, tanto com marcas estreantes – caso de MG Motor, Avtr e Leapmotor – quanto com desdobramentos luxuosos de BYD e GWM, respectivamente Denza e Way.

Renault, Kia, Hyundai, Toyota e Honda reagiram com uma enxurrada de lançamentos e futuros modelos – em diversos segmentos, e não apenas no de utilitários esportivos, predileção quase absoluta do chinês.

Mas quem deu o tom do Salão foi a Stellantis, que reuniu numa mesma mostra novidade nacional (Jeep Avenger e Leapmotor), importado aspiracional (Citroën C5 Aircross), nostalgia (Jeep Cherokee) e tecnologia (Abarth 600e Scorpionissima).

Certas marcas tradicionais, contudo, não participam: Audi, BMW, Chevrolet, Ford, Jaguar Land Rover, Mercedes-Benz, Mini, Porsche, Nissan, Suzuki, Volkswagen e Volvo.

Serão, em breve, abordadas pelo presidente da Anfavea: “Não houve conversa com as marcas ausentes ainda, mas haverá”, avisou Calvet.