O Cruze é o novo carro global da Chevrolet. Mas, a não ser para nós, brasileiros, ele já não é tão novo assim. Lançado na Índia, na China e no México em 2009, é o modelo mais vendido da montadora no mundo. Já comercializado em mais de 70 países, só agora chega ao Brasil para substituir o Vectra. Apesar de tardio, seu lançamento traz duas grandes novidades: primeiro que se trata de um carro mundial da marca, igualzinho ao vendido em todos os demais mercados. Segundo, e mais importante, ele apresenta um substituto para o antigo motor GM 2.0.

O Cruze chega em duas versões. A LT tem três pacotes e parte de R$ 67.800, com câmbio manual de seis marchas. Além dos itens básicos, tem ar-condicionado automático, controles de tração e estabilidade e quatro airbags. Com sensor de chuva e câmbio automático, também de seis marchas – que deve ser o catálogo mais vendido no País – ele vai para R$ 69.800. Pagando mais R$ 2 mil, leva-se bancos de couro.

Já a versão top, chamada de LTZ, custa R$ 78.900. É vendida apenas com transmissão automática e soma aos itens de série sensor de estacionamento, partida sem chave, airbags de cortina, faróis automáticos e GPS, entre outros. Mas ainda faltam ar-condicionado bizone, borboletas no volante e bancos elétricos.

Após dirigir o Cruze por mais de 200 km, na Alemanha, minha impressão foi boa. Não é arrebatador, mas seu design é agradável, o acabamento é melhor que o da média do segmento, a direção com assistência elétrica tem peso correto e as suspensões trabalham de maneira bem silenciosa.

As linhas externas não são arrebatadoras, mas agradam. No interior, semelhante ao dos novos modelos da marca, há muitos equipamentos de série, desde a versão de entrada

O acabamento do Cruze está acima da média do segmento de sedãs, mas o espaço traseiro sacri ca um pouco o quinto passageiro 

O moderno motor 1.8 16V tem duplo comando variável e bons 144 cv (etanol ). Combinado com o câmbio automático sequencial de seis marchas, proporciona uma condução sem muito brilho, mas suave o su ciente para agradar ao consumidor do segmento. As respostas são um tanto lentas. Em compensação, o motor gira pouco na estrada, economizando combustível e garantindo um baixo nível de ruído – mérito também do bom isolamento acústico.

O porta-malas é grande, mas falta espaço no banco traseiro. En m, um bom carro para concorrer com os novos VW Jetta, Renault Fluence, Peugeot 408 e com os japoneses, os coreanos… Briga dura!