A produção de motos ficou perto da estabilidade na passagem de outubro para novembro, refletindo as dificuldades de recebimento de peças e escoamento da produção das montadoras do polo industrial de Manaus por conta da seca severa no rio Amazonas e seus afluentes. No total, 131,9 mil motos saíram das linhas de montagem, número ligeiramente superior ao de outubro: 131,3 mil.

O balanço foi divulgado nesta terça-feira pela Abraciclo, a associação que representa as fábricas de motos da Zona Franca de Manaus, onde está concentrada quase toda a produção nacional do veículo. Na comparação com o mesmo período de 2022, o volume corresponde a um aumento de 2,1% e ao melhor resultado para o mês desde 2013.

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Com isso, a indústria de motos chega ao último mês do ano com 1,45 milhão de unidades montadas, crescimento de 9,6% frente aos onze primeiros meses de 2022 e o melhor resultado, entre iguais períodos, em onze anos.

Presidente da Abraciclo, Marcos Bento diz que os impactos da estiagem severa no Norte do País foram minimizados por alternativas logísticas adotadas pelas montadoras para manter o mercado abastecido.

O transporte de cargas por balsas, ou mesmo por aviões, apesar do frete mais caro, foi a saída diante da impossibilidade de acesso dos grandes navios cargueiros ao porto de Manaus. Mesmo assim, a Yamaha antecipou férias e parou a produção nos dez primeiros dias do mês.

Segundo Bento, a demanda por motocicletas deve se manter aquecida nos próximos meses, favorecida pela migração dos consumidores a um veículo mais barato e econômico no consumo de combustível. “É um veículo com preço acessível, econômico e de baixo custo de manutenção. Além disso, é uma opção para evitar os congestionamentos nos grandes centros urbanos.”

A Abraciclo espera que o ano termine com 1,56 milhão de motocicletas produzidas, 10,4% acima do total registrado em 2022.