O Classic não é o carrochefe da GM, porém é o quinto veículo entre os modelos mais emplacados no ranking da Fenabrave (os números incluem o Corsa Sedan), e é o segundo em vendas da marca americana. Você deve estar se perguntando como um carro que não passou por nenhuma reestilização tem vendas tão expressivas. Em primeiro lugar, há um dito popular que diz que em time que está ganhando não se mexe. Por isso a Chevrolet mantém as vendas do sedã, com preços que se iniciam na casa dos R$ 25 mil. Mas o Classic deixa a desejar em opções de motorização, pois hoje é produzido apenas na versão 1.0 (a 1.6 foi aposentada há tempos). Debaixo do capô, está o motor VHC Flexpower – o mesmo utilizado no Celta, que tem uma maior taxa de compressão, garantindo um pouco mais de fôlego, como reforça o proprietário Jonilson Carlos Leonis: “Mesmo se tratando de um carro mil, responde muito bem nas subidas”.

* Preços cotados pela corretora Gamara (11-2262-4888) junto à Porto Seguro

À esquerda, o portamalas com bons 390 litros, e, acima dele, o motor flex de até 72 cv

Mas como a proposta é ser um carro barato, o Classic vem bem “pelado”. Tem como opcionais protetor de cárter, ar quente e desembaçador traseiro, itens que não têm custo alto e poderiam dar um pouco mais de conforto, satisfação e segurança ao consumidor, que também reclama do seu acabamento. Para o proprietário Raphael Vasconcelos, “as peças internas deste veículo quebram e estragam com facilidade”.

O painel, acima, é simples e tem um desenho que poderia ser mais moderno, assim como seu design exterior, abaixo. Mas o objetivo da Chevrolet com o Classic era, e até hoje é, oferecer uma opção mais barata que o Prisma – por isso é tão vendido, apesar da idade

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Como já citado, o Classic tem um problema de desgaste do batente superior do amortecedor muito precoce. Para evitar aborrecimentos, veja se o proprietário do automóvel que você está querendo adquirir fez todas as revisões na concessionária, pois assim você evita gastos adicionais. Uma boa sugestão é, se possível, levar o carro para um mecânico de confiança, especializado em sistemas de suspensão, para verificar o estado geral e evitar maiores dores de cabeça depois que o negócio for fechado. E vale considerar a versão 1.6, cerca de R$ 3 mil mais cara.

Já o mecânico Amauri Vieira, do Centro Automotivo Moura, diz que “o coxim do amortecedor é fraco”, mas dá a solução: “O proprietário deve fazer o alinhamento a cada três meses, desta forma não terá este problema tão cedo”. Por outro lado, o mecânico Luciano Silva, da Junicar, elogia o veículo: “Na oficina nunca apareceu nenhum problema grave, apenas os reparos de rotina”.

Para quem quer adquirir o modelo, ele mostra-se econômico no quesito combustível e manutenção, além de contar com algum conforto e potência de 72 cv, com um desempenho satisfatório. Na casa dos R$ 22 mil, é uma boa opção para quem precisa mais de um porta-malas espaçoso (390 litros) que de desempenho.

 

Eu gosto…

“Mesmo se tratando de um carro mil,

ele responde muito bem nas subidas” Jonilson Carlos Leonis proprietário

Eu não gosto…

“Muitas peças internas deste veículo se

quebram e estragam com muita facilidade”

Raphael Vasconcelos proprietário

Mercado

O carro se mostra uma opção

de compra bem

interessante, com valorização de

0,19% no último ano