PreviousNext

Já se foi o tempo em que alguém de 40 anos de idade era considerado velho. Hoje, há muito “quarentão” por aí que, embora tenha passado da metade da vida, ainda age como adolescente. Aplicando o mesmo raciocínio aos carros, descobre-se semelhanças marcantes. Como se um seguisse, inconscientemente, o caminho do outro. Veja o caso do Fiesta. Ela nasceu há exatamente 40 anos, ainda nos tempos de James Hunt, e “Bohemian Rhapsody” do Queen. Bem, olhe para ele agora (segunda imagem no slideshow). Parece um senhor de 40 anos? Não: o compacto Ford está mais jovem do que nunca.

Produzido em seis gerações desde 1976, o Fiesta teve mais de 17 milhões de unidades vendidas. Um número impressionante, que na classificação geral de best-sellers fica atrás apenas das picapes Série F e do Escort, porém na frente até do mítico Ford T. Mas agora chegou a hora de virar mais uma página na história. A sétima geração do Fiesta chega no ano que vem. Nossos informantes divergem ligeiramente sobre o timing, mas certamente ele chega até o segundo semestre na Europa (e logo depois no Brasil). Considerando que a Ford não vai participar do Salão de Paris deste ano, o primeiro evento global para mostrar o novo Fiesta será o Salão de Genebra, em março de 2017.

O hatch compacto deve crescer alguns centímetros na altura, dando mais espaço para as pernas no banco traseiro, alvo constante de críticas. E para enfatizar visualmente o aumento no tamanho, acompanhado por uma possível redução de peso, os projetistas da Ford adotaram soluções específicas para isso. Em uma evolução de estilo moderada, a mudança mais significativa estará nas lanternas traseiras: as atuais, verticais, serão trocadas por novas luzes com LEDs horizontais, dando impressão de maior largura. Quanto ao resto, o Fiesta deve manter a bocona grande dianteira, mas com uma nova grade em forma de colmeia, inspirada no novo Fusion (que se chama Mondeo na Europa), e um novo capô, com dois vincos mais marcados apontando em direção às colunas A.

A renovação, claro, vai ocorrer também na mecânica. É possível, em primeiro lugar, alguma intervenção para obter maior eficiência ainda do premiado 3 cilindros 1.0 turbo EcoBoost (lançado no mês passado no mercado nacional). Ele atualmente oferece 100 cv na Europa e 125 cv no Brasil. Já o atual Sigma 1.6 16V TiVCT nacional deve ser substituído pelo 1.0 e por um novo 1.5. E os europeus ainda terão uma versão ST, com esse 1.5 turbinado (EcoBoost) de 180 cv (não se anime, pois não deve vir para cá). Além de novos itens de conforto e de assistência à condução, o Fiesta deve apostar em uma versão mais sofisticada, com acabamento diferenciado, e também na introdução do sistema multimídia Sync3, finalmente com tela colorida sensível ao toque e compatibilidade com apps aprimorada, com mais serviços online.