10/08/2018 - 7:30
Quão difícil é renovar um carro que se tornou um ícone? Muito, ainda mais se você entrar no campo de off-road raiz, como o do Land Rover Defender. Os fãs de carros off-road “raiz” costumam ser mais tradicionalistas. E a mudança é especialmente difícil quando o carro que se tornou uma marca em si – como o Mercedes Classe G e o Jeep Wrangler, dois modelos que deram um salto geracional em tecnologia, mas sem mudarem de visual.
A geração anterior do Defender saiu de linha em 2016, devido a dificuldades de atualização da plataforma para novos requisitos de segurança. Mas continua sendo um dos modelos mais simbólicos da marca, que pensa em seu sucessor desde 2011, quando foram exibidos em Frankfurt os conceitos DC100 e DC100 Sport, com formas arredondadas e futuristas – e que não convenceram os puristas e não foram adiante.
Então, o SUV não terá as formas do conceito, e nem será parecido com a última geração. O mais provável é uma mistura de tradição e inovação, sem negar as raízes ou exagerar na mudança. O Defender “L663” deve preservar características clássicas, embora atualizadas, especialmente na frente, com farois bem integrados à grande grade. Os volumes devem ser conectados de modo suave. Ele muda sim, mas ainda será muito bem reconhecível.
As grandes novidades estarão sob a lataria. A plataforma deve ser a D7U, do
Range Rover e do Discovery. Seria uma revolução, aposentando o chassi sobre longarina e eixos rígidos em detrimento de uma suspensão refinada, com rodas independentes. Isso significaria mais versatilidade e um aumento no conforto – reforçados com o uso de alumínio, que o deixaria mais leve. A elevada distância ao solo, vista nas mulas, confirmam a vocação off-road. O novo Defender terá versões 90, 110 e 130, conforme entre-eixos, e comprimentos diferentes, a partir de pouco mais de 4,3 m a mais de 5,1 – além de uma configuração picape. Os motores a gasolina e diesel terão 4 e
6 cilindros, e haverá já no lançamento uma versão híbrida plug-in.