Nascido do Chevrolet Tracker, o Opel Mokka X não é muito conhecido no Brasil. Isso porque ele era vendido pela Opel, o antigo braço europeu da General Motors. Mas a Opel foi vendida para o grupo PSA (Peugeot-Citroën), que lançará sua nova geração, agora com base de Peugeot 208 (leia aqui a avaliação), a mesma do 2008. É ela que desvendamos aqui em ilustrações exclusivas.

A mudança desta segunda geração do modelo, esperada no o final deste ano e o início do próximo, será enorme. Afinal, três anos após a compra da Opel pela PSA, a marca já eliminou os modelos Adam e Karl, colocou a plataforma francesa no Corsa… Só três modelos permanecem ligados à era americana: Astra, Insignia e Mokka. Mas os três já têm arquitetura da PSA no destino.

CMP, uma base para todos

O novo Mokka neste terá a plataforma CMP, feita para modelos do “segmento B” e que já deu vida aos Peugeot 208 e 2008, ao DS 3 Crossback e ao Opel Corsa. E, com a perspectiva da fusão entre a PSA e a FCA, poderia servir a vários usos também na frente ítalo-americana.

Mas vamos voltar a Rüsselsheim, sede da Opel. A escolha da plataforma modular CMP para o Mokka não significa apenas economia de escala. Também significa que, além dos motores a gasolina e diesel, o SUV será oferecido em uma variante totalmente elétrica. Esta terá motor de 136 cv e a bateria na forma de ” T “, que ocupa todo o volume atribuído ao túnel e ao tanque de transmissão.

A autonomia do Opel Mokka elétrico estará alinhada à dos colegas da mesma arquitetura: cerca de 320 quilômetros no ciclo WLTP. A mesma plataforma, o mesmo motor elétrico, a mesma bateria, mas também – de fato, acima de tudo – as mesmas opções comerciais: o eMokka, como deve ser chamado, será a primeira variante a chegar ao mercado.

Painel de instrumentos original

Em seu papel de SUV compacto, o Mokka tem potencial para roubar do Corsa o título de modelo mais vendido da casa. E terá o fardo e a honra de estrear soluções projetadas para influenciar o futuro da marca. Como a instrumentação totalmente digital: não veremos uma simples “transição” do Corsa, mas um painel de instrumentos completamente original e muito original.

Bem menor, ele abre um espaço

Enquanto o modelo atual mede 4,28 metros de comprimento, na média de HR-V, Renegade e cia, o novo deve será menor, com cerca de 4,10 metros. Algumas fontes de boca aberta até arriscam números precisos até o centímetro. Isso seria pouco mais de 4,10 metros.

Se ocorrer mesmo esse redimensionamento radical, abriria-se um espaço na linha para um herdeiro do Crossland X, um pouco mais do que o atual, com cerca de 4,30 m (que, coincidentemente, é a medida do novo Peugeot 2008).

Mas a plataforma? Aqui também, a CMP, nascida pronta para elétricos, se encaixaria perfeitamente. Também porque, como a marca tem um raio como símbolo, desenvolver o maior número possível de modelos de bateria será cada vez mais essencial.

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A característica mais original do novo Mokka será o painel de instrumentos digitais. Também neste caso, a inspiração virá do GT X: nesse conceito, de fato, pela primeira vez, vimos a tela panorâmica que deve se firmar no cockpit de todos os modelos Opel do futuro.