Em 2010, quando a BMW lançou a sexta geração do Série 5, Adrian van Hooydonk havia acabado de se tornar o chefe de estilo da marca, sucedendo Chris Bangle, de quem era, até então, o braço direito. Na prática, portanto, o sedã executivo não pode ser considerado criação dele, pois a maior parte do desenvolvimento foi feita pelo polêmico antecessor.
Já o próximo Série 5 será 100% sua criatura. Dizem os bem informados, porém, que o designer holandês não sucumbiu à tentação de revolucionar conceitos e filosofias, mas preferiu intervir de leve, dando destaque para soluções tecnológicas de vanguarda, a arma escolhida pela BMW para defender sua liderança no mercado premium.
Visualmente, a nova geração será diferente nos detalhes, especialmente na dianteira, onde estreará a “cortina de ar” (tomadas de ar variáveis) e o duplo rim ficará mais vertical e tocará a extremidade do capô – debaixo do qual, acredite estará o motor 3 cilindros 1.5 que estreou no Mini e que ajuda a empurrar (na versão twin-turbo) o esportivo híbrido i8. Desse cupê eletrizante o Série 5 herdará também os faróis a laser opcionais. Voltando aos motores, a lista incluirá novos 4 cilindros 2.0 e 6 cilindros 3.0, ambos a gasolina e tendo como módulo base a cilindrada de 500 cm3, o que garante a máxima eficiência do motor e economias de escala para o fabricante. A gama ainda terá uma versão híbrida plug-in, capaz de rodar até 30 quilômetros sem usar gasolina.
Falando em tecnologia, haverá uma ação sinérgica entre os componentes do sedã, como sistema de navegação, sensores, câmeras e radar. O Série 5 poderá, por exemplo, reconhecer o traçado da pista e curvas de modo que a transmissão escolherá a relação ideal, tanto para reduzir o consumo quanto para preparar uma frenagem de emergência. Para completar, materiais como alumínio, magnésio e carbono deixarão o sedã 100 quilos mais leve e uma espuma especial melhorará o isolamento acústico do motor.