Situada no sudoeste de Minas Gerais, a região da tem 200 mil hectares. A atração principal é o Parque Nacional da , criado em 1972. Os bandeirantes que procuravam ouro foram os primeiros visitantes da região e deram tal nome pela semelhança da grande montanha quadrada com os baús que carregavam. A maioria das estradas é de terra, mas firme, com cascalho. Em tempo seco dá para rodar com veículos 4×2 em todos os caminhos. Uma atração à parte é a gastronomia. Você ficará com saudades do frango caipira, do pão de queijo, do feijão-tropeiro, do frango com quiabo e dos doces, tudo preparado no fogão a lenha.

DELFINÓPOLIS

Para quem chega à Canastra por São Paulo, a melhor cidade para o primeiro apoio é Delfinópolis, cercada pela represa dos Peixotos e pelo Chapadão da . Nas imediações da cidade, área fora do Parque Nacional, é permitido acampar e praticar várias modalidades de esportes.

Em algumas cachoeiras, instrutores alugam equipamentos para a prática de tirolesa, rapel, cascading e outros esportes radicais. Para os apaixonados por pescarias, é possível fisgar exemplares de tucunarés na represa dos Peixotos. A 35 quilômetros de Delfinópolis e 30 de São João Batista do Glória, encontrase o Paraíso Perdido, no Ribeirão Quebra Anzol.

O riacho fica em propriedade particular e forma uma seqüência de oito cachoeiras e18 piscinas naturais de águas cristalinas correndo por paredões de pedras amareladas e cor-de-rosa. No local há ainda um restaurante, bar, chuveiros com água quente e área de camping, e a taxa é de R$ 10 por pessoa.

CAPITÓLIO

Vindo de Belo Horizonte, a melhor opção é começar os roteiros por Capitólio, a leste da região da Canastra e às margens da represa de Furnas.

A cidade fica a 80 quilômetros de São Roque de Minas, um pouco afastada das atrações da serra, mas assim mesmo merece uma visita. Sua atração principal é o lago de Furnas, nada menos que quatro vezes maior que a Baía de Guanabara. Os restaurantes da represa servem a tradicional Traíra à Moda do Turvo, prato em que o peixe vem inteiro, sem espinhas, empanado e acompanhado de arroz à grega e molho tártaro. Simplesmente delicioso!

SÃO ROQUE DE MINAS

A cidade é o apoio principal para fazer todos os passeios dentro do Parque Nacional e percorrer mais de 200 quilômetros de estradas de terra no seu interior. Nas portarias do parque paga-se uma taxa de R$ 3 por pessoa e é importante se informar sobre os horários de funcionamento do parque, a distância e as condições dos caminhos a percorrer até as principais atrações. Quem gosta de queijo deve experimentar o tipo canastra, produzido nas fazendas de São Roque de Minas há mais de 200 anos. É um queijo forte, encorpado e picante, feito com leite cru. O seu preparo segue receita trazida para a Canastra pelos portugueses da região da Serra da Estrela, em Portugal, durante o ciclo do ouro.

Não deixe de experimentar o “joão-deitado”, um quitute preparado com queijo canastra, mandioca ralada, manteiga, açúcar e ovos, assado em fogão a lenha e envolto em folhas de bananeira. Diz-se que Fernando Henrique Cardoso, quando visitou a Canastra, experimentou a iguaria e gostou muito.

SÃO JOSÉ DO BARREIRO

Desta cidade sai o caminho para o principal cartão postal da , a parte baixa da famosa Cachoeira Casca D’Anta. Da cidade até a portaria 4 do parque são apenas nove quilômetros de estrada de terra. O visual da enorme cortina de água despencando de cerca de 200 metros de altura deixa o visitante admirado e sem fôlego. Entre a portaria 4 e a queda d’água, que fica bem às margens do rio São Francisco, há uma área de camping, a única com autorização para funcionar dentro do parque.

Para quem gosta de belas paisagens, um bom banho de rio e a mais tradicional comida da fazenda, a região é um prato cheio. Fica a dica para as suas férias!

DISTÂNCIAS:

São Paulo – Delfinópolis – 340 Km

Franca – Delfinópolis – 94 Km

Belo Horizonte – São Roque de Minas – 320 Km

Belo Horizonte – Delfinópolis 425 Km

São Paulo – São Roque de Minas – 525 Km

Araxá – São Roque de Minas – 220 Km

Belo Horizonte – Capitólio – 291 Km

À esquerda, de cima para baixo: a estrada que leva à Serra do Cemitério, um gavião que passeia pelo Parque Nacional da e uma paisagem típica: céu azul, morros e araucárias. Acima, a belíssima cachoeira batizada Casca D’Anta

As piscinas naturais (acima) estão espalhadas por toda parte, com água bem gelada. O “Velho Chico” nasce na região antes de cortar o País, e os mais diferentes tipos de pássaro voam por lá – às vezes sendo “abrigados” e alimentados pelos moradores

SERVIÇOS

Delfinópolis

Centro de Apoio ao Turista – (35) 3525-1020 / 3525-1344

Pousada Rosa dos Ventos – (35) 35251358

Pousada Rio Grande – (35) 3525-1073

Fazenda e Pousada Boa Esperança – (35) 3524-1426

Restaurante Tempero Mineiro – (35) 3525-1242

Paraíso Perdido – (35) 3521-7575

Capitólio

Cyrillo’s Palace Hotel – (37) 3373-1255

Restaurante do Turvo – (35) 9981-0760

São Roque de Minas

Ibama – (37) 3433-1195

Pousada da Fazenda – (37) 3433-1242

Hotel Chapadão da Canastra – (37) 3433-1267

Pousada Barcelos – (37) 3433-1216

Restaurante Zagaia – (37) 3433-1323

Restaurante Cozinha Mineira – (37) 3433-1194

Tamanduá Turismo – (37) 3433-1452 / 3433-1332

Agrosserra (queijo canastra) – (37) 3433-1383

São José do Barreiro

Hotel Fazenda Passaredo – (37) 3433-2036

DICAS

Tenha sempre no carro um kit com protetor solar, hidratante, boné, óculos de sol e repelente contra insetos.

Mesmo que seu passeio esteja programado para durar apenas algumas horas, leve sempre água, frutas, barras de cereais e algum alimento salgado.

Os tênis são calçados ideais para dirigir e fazer pequenas caminhadas. Para caminhadas mais longas prefira botas ou calçados mais altos (que protejam a canela).

Leve sempre um agasalho, pois nas regiões mais altas, como na Serra da Babilônia, venta muito e chega a fazer bastante frio, mesmo no auge do verão.

À direita, de cima para baixo: Fazenda Boa Esperança, o delicioso bolo de fubá, típico da região, uma pintura feita na enxada pelo artista Tarcísio Lopes e os pães caseiros fresquinhos, outra especialidade do local